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Câmara de Alpiarça só dá informações sobre projecto de combate à pobreza quando houver decisão

Vereador Carlos Jorge diz que tem havido muita conversa à volta do assunto o que pode prejudicar processo
O executivo municipal na Câmara de Alpiarça, liderado pela CDU, mudou de estratégia em relação ao Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) do projecto de combate à pobreza e decidiu só prestar informações aos vereadores da oposição “quando houver novidades”. A informação foi avançada, em sessão camarária, pelo vereador da Acção Social, Carlos Jorge Pereira, que tem acompanhado de perto a situação. Questionado por O MIRANTE, Carlos Jorge Pereira diz que não se trata de “estratégia” mas de querer levar o assunto a “bom porto”. “Acho que tem havido muita conversa à volta do assunto, o que pode prejudicar todo o processo”, explica acrescentando que “ainda acredita” que o projecto pode avançar no concelho de Alpiarça.Quem não ficou satisfeito com a decisão do executivo municipal foram os vereadores do PS. Luís Garrotes e Regina Ferreira dizem “estar preocupados” com a situação e que têm direito a saber o ponto da situação do polémico projecto. Luís Garrotes recordou a proposta feita em reunião de câmara para se agendar uma reunião com a Segurança Social e informar a secretária de Estado da Reabilitação, Idália Serrão, do que se passa em Alpiarça. Carlos Jorge respondeu que por uma questão de “táctica” preferem não falar de modo a “conseguirem” chegar a acordo entre a Arpica e a Segurança Social.Recorde-se que o projecto de combate à pobreza do concelho de Alpiarça, que deveria ter arrancado em Setembro de 2009, continua parado, desta vez porque a Segurança Social não aceitou que fosse a Arpica (instituição do concelho sugerida pelo executivo municipal) a coordenar o projecto no âmbito dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS). A Segurança Social decidiu que a instituição não tem todas as condições para assumir e desenvolver o projecto.O contrato de combate à pobreza começou ainda no anterior mandato, quando Vanda Nunes (PS) era presidente da câmara. Esta recusou-se a assinar o projecto, entregue à Fundação José Relvas, por não concordar com os valores dos ordenados dos técnicos. Dos 525 mil euros do orçamento para o projecto de combate à pobreza, 363 mil euros eram destinados a pagar os vencimentos dos técnicos.O actual presidente da câmara, Mário Pereira (CDU), era então vereador na oposição e também se manifestou contra os elevados vencimentos. Após ganhar as eleições autárquicas – em Outubro de 2009 - Mário Pereira não mudou de opinião mas tentou chegar a um acordo com a fundação, só que esta mostrou-se sempre contra a possibilidade de mexer nos ordenados. Depois de várias tentativas de negociação, autarquia e Fundação José Relvas não chegaram a um entendimento. Em Junho deste ano Mário Pereira propôs que seja a Arpica a assumir o projecto. A instituição aceitou a proposta da autarquia, mas está tudo parado por falta de resposta da Segurança Social, que tem de dar o seu aval.

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