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Livros neo-realistas e cravos vermelhos em mini feira do livro

Livros neo-realistas e cravos vermelhos em mini feira do livro

A banca de madeira é modesta e alberga perto de 50 livros de autores como Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, José Cardoso Pires e Jorge Reis. Ana Cristina Silva e Xico Braga também lá estão. Na manhã de 19 de Março, sábado, dia do pai, a Rua Almirante Cândido dos Reis, em Vila Franca de Xira, recebeu uma mini-feira do livro promovida pela Cooperativa Alves Redol. Um evento integrado no vasto programa de comemorações do centenário do nascimento do escritor vilafranquense. Arlindo Gouveia, Alípio Carvalho, Natividade Serra, Manuel Ribeiro e David Nunes alinham-se frente à banca recheada de títulos. A maior parte dos livros pertence a uma corrente literária que teve o seu ponto alto durante a ditadura salazarista. “Do neo-realismo passámos para o individualismo. Cada indivíduo desenvolveu-se esquecendo a sociedade onde vive. Vivemos um clima económico e social propício a que voltem a nascer novas histórias neo-realistas mas para isso é preciso que o ser humano volte a procurar o bem”, defende Natividade Serra a O MIRANTE. O livro preferido de Arlindo Gouveia é dos anos 50 do século passado e foi escrito por Leão Penedo. Chama-se “A Raiz e o Vento”. “É de um realismo e actualidade extraordinários”, partilha. Um som de música de intervenção sai da janela da associação e o povo vai passando na rua. Alguns olham de esguelha para os livros, outros chegam-se mais perto para comprar. “Não importa o que vendemos. Importa preservar a memória”, esclarece Alípio Carvalho. E foi por isso que não faltaram os cravos vermelhos daquela madrugada de 1974. Filipe Matias
Livros neo-realistas e cravos vermelhos em mini feira do livro

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