A Agência Funerária Rainho, Lda é uma das mais antigas da cidade do Entroncamento. Depois de vários anos a funcionar na rua Latino Coelho, mudou há cerca de um mês para a rua António Lucas, no centro da cidade junto ao café Bugs Bunny. Trata-se de uma empresa familiar. Começou com o avô de Elisabete e Anabela Rainho, duas irmãs que são sócias. Elisabete é que dirige actualmente a agência embora o seu pai, António Rainho, que se encontra aposentado, continue a ser o gerente.Elisabete Santos, 31 anos, divide a sua vida profissional entre a agência funerária e as aulas, que dá ao 1º ciclo em Paio Mendes, uma aldeia de Ferreira do Zêzere. Confessa que é extenuante conciliar ambas as actividades mas garante que quem corre por gosto não cansa. “Quero continuar o trabalho começado pelo meu avô e que cresceu bastante enquanto a minha mãe e posteriormente o meu pai, estiveram à frente da agência”, explica. Irlinda Rainho, que muitos habitantes da cidade recordam pela simpatia, humanidade e eficiência, faleceu num acidente de viação quando as filhas ainda eram menores.A Agência Funerária Rainho trata de todas as formalidades necessárias a um funeral. Documentação, preparação do corpo, velório, enterramento e ajuda também na obtenção dos documentos que depois devem ser entregues na Segurança Social. A sensibilidade de um agente funerário é uma condição essencial. “São momentos complicados onde temos que saber falar com as pessoas uma vez que se encontram fragilizadas. Mas não os podemos substituir. Devem ser eles, por exemplo a escolher a urna e não nós”, explica.Na Funerária Rainho podem ser adquiridos os mais diversos artigos religiosos. Também é possível encomendar a personalização de lápides que os clientes escolhem e que são, posteriormente, colocadas nas campas. Os clientes que optem pela cremação também podem comprar potes para cinzas na agência. Elisabete Santos refere que o aumento de cremações tem-se feito sentir nos últimos anos mas o facto de o crematório mais próximo ficar na zona de Lisboa faz com aquele serviço não seja tão procurado. “A distância torna tudo mais caro”, explica.Com uma equipa de três funcionários a agência está disponível 24 horas por dia. A concorrência é grande mas Elisabete Santos não a teme. Diz que é a concorrência que os faz não adormecer e querem continuar a ser uma agência de referência.