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Oposição acusa Câmara de Salvaterra de investir mais em anos de eleições autárquicas

Vereador socialista diz que investimento em 2010 foi um terço do realizado em 2009
O vereador Hélder Esménio (PS) acusa o executivo municipal da Câmara de Salvaterra de Magos de ter investido em 2010 um terço daquilo que investiu em 2009, ano de eleições autárquicas. Em 2010 a autarquia fez um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros, menos três milhões do que em 2009, ano de eleições autárquicas. “Em 2010 o município investiu no concelho um terço do que investiu no ano anterior quando se realizaram eleições”, afirma Hélder Esménio. O autarca afirma ainda que também em 2005, ano de eleições, o investimento no município foi de 4,4 milhões de euros enquanto nos anos seguintes os valores diminuíram: 2,6 milhões em 2006 e 1,7 milhões de euros em 2007. “Mantemos a crítica que sempre fizemos a esta maioria liderada pelo Bloco de Esquerda que se move por calendários eleitorais concentrando no ano de eleições autárquicas a maior parte do investimento que devia fazer no concelho ao longo de todo o mandato”, refere Hélder Esménio.A presidente da autarquia contrapõe as criticas socialistas dizendo que as afirmações da oposição servem “apenas” para passar uma mensagem que “não é” verdadeira. Ana Cristina Ribeiro refere que existem ciclos dos fundos comunitários representando essa utilização a grande fatia de investimento dos municípios. “Foi o que aconteceu”, esclarece acrescentando que se fossem eleitoralistas tinham feito as pavimentações em ruas do concelho em 2009 e não o fizeram.A autarca informou que a dívida municipal atingiu, em 2010, os cinco milhões e meio de euros menos 14,02 por cento em relação a 2009. Ana Cristina Ribeiro destacou também que a autarquia utilizou 40 por cento da sua capacidade de limite de endividamento.O vereador Jorge Burgal (PSD) referiu que a autarquia perdeu uma “grande” oportunidade de fazer obra ao não aproveitar os cerca de 200 mil euros que estavam “disponíveis” de fundos comunitários. “Podíamos ter aproveitado o dinheiro para fazer obra no concelho e perdemos essa oportunidade que já não dá para recuperar”, lamenta.A presidente respondeu dizendo que os gastos têm que ser controlados sobretudo num momento tão complicado que o país atravessa e que o município não pode “correr o risco” de chegar ao final do mês e não ter dinheiro para pagar aos funcionários. “São opções que têm que ser feitas por quem gere e nós preferimos jogar pelo seguro”, diz. O documento foi aprovado por maioria com uma abstenção do vereador Jorge Burgal.

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