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“Foi com Alves Redol que sonhei o neo-realismo”

“Foi com Alves Redol que sonhei o neo-realismo”

Obra sobre Mário Sacramento de Eunice Malaquias Vouillot apresentada em Vila Franca de Xira
O Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, foi rampa de lançamento da obra “Mário Sacramento – Vida e Pensamento. Sementes de Liberdade”, da autoria de Eunice Malaquias Vouillot, editado pela Campo da Comunicação. O livro surgiu da tese de doutoramento da autora e foi apresentado na terça-feira, 3 de Maio, no auditório do Museu do Neo-Realismo.Emocionada, Eunice Malaquias Vouillot, na presença da filha do escritor, Carla Sacramento, agradeceu a oportunidade dada pelo Museu do Neo-Realismo de ali apresentar a sua obra e assumiu a dificuldade que foi explorar os meandros e múltiplas facetas da vida de Mário Sacramento. “Foi com Alves Redol que sonhei com o neo-realismo e foi o filho, António Redol, que me permitiu realizar o sonho”, referiu.António Redol, representante da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo demonstrou a satisfação que lhe dava poder ser parte do evento que enaltece uma obra de “interesse para o estudo do neo-realismo”. Na mesma mesa, José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores, revelou que Mário Sacramento foi uma referência na sua vida de estudante e classificou a obra como sendo detentora de uma clareza didáctica.José Manuel Mendes destacou duas questões problematizadoras na vida de Mário Sacramento, médico natural de Ílhavo, escritor neo-realista, ensaísta e político português que se destacou como uma importante figura do movimento de oposição democrática ao regime do Estado Novo. Como é não viver no centro mas ocupar o centro? Porque é que Mário Sacramento não foi o escritor enquanto ficcionista e poeta que sempre quis ser? São as grandes questões na vida do autor, no entender de José Manuel Mendes que salienta que apesar de ter sido médico por pressão familiar, nunca deixou de preencher os seus horizontes culturais.
“Foi com Alves Redol que sonhei o neo-realismo”

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