O Ministério Público estava convencido que João Freitas era o autor de vários assaltos a garagens na urbanização de luxo Malva Rosa, em Alverca, Vila Franca de Xira. Mas o tribunal absolveu o acusado porque não foram reunidas provas suficientes que ligassem o suspeito à autoria dos crimes. A única situação que ligava o arguido, residente em Sacavém, ao caso era o facto de ter sido apanhado pela polícia a conduzir um Mercedes dado como roubado três dias antes na urbanização. Após o julgamento o colectivo de juízes chegou à conclusão que se desconhecia o que teria acontecido naqueles três dias entre os crimes e a detenção do suspeito. Também não se apurou que o homem tenha feito os assaltos e vendido os bens. O arguido já tinha antecedentes criminais desde 1994, já tendo cumprido pena na prisão por furto qualificado, posse de arma proibida e furto de veículos.O homem estava acusado de um crime de furto qualificado, punível com prisão até três anos. O caso remonta a Março de 2010. Entendia o Ministério Público que João Freitas teria arrombado a porta corta-fogo de um dos prédios para entrar nas garagens. E que uma vez lá dentro, munido de uma chave de fendas, arrombou as fechaduras e puxou o fio que accionava a abertura dos portões das garagens. Era acusado de ter fugido com um Mercedes, uma bicicleta, uma mochila, um saco de desporto, ténis, calças de desporto, um fato de neve e vários casacos, alguns deles de ganga. O automóvel valia 8 mil euros e os restantes bens 540 euros. Os prejuízos causados pelo arrombamento dos portões das garagens ascenderam aos mil euros. Acusava o MP que depois do roubo o arguido teria conduzido até à Quinta do Mocho em Sacavém onde vendeu parte dos objectos por 150 euros. Situação que não ficou apurada por a investigação não ter recolhido provas suficientes.