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O sonho de Veríssimo Serrão está cumprido

O sonho de Veríssimo Serrão está cumprido

Centro de Investigação Professor Doutor Joaquim Veríssimo Serrão está em funcionamento desde sábado na Casa de Portugal e de Camões, em Santarém

O historiador escalabitano não escondeu a emoção na abertura do centro de investigação com o seu nome, resultante da doação à Câmara de Santarém de parte do seu espólio literário e pessoal.

Foi com muita emoção que o historiador Joaquim Veríssimo Serrão assistiu à abertura oficial do Centro de Investigação com o seu nome e que teve como alicerce o espólio literário e pessoal doado pelo académico escalabitano à Câmara Municipal de Santarém.A cerimónia solene decorreu na manhã de sábado, 26 de Maio, no Convento de São Francisco, perante muitas dezenas de convidados. Seguiu-se o descerramento da placa na Casa de Portugal e de Camões, onde vai funcionar aquela valência dedicada à investigação nas áreas das ciências sociais e humanas.O director do Centro de Investigação Prof. Dr. Joaquim Veríssimo Serrão (CIJVS) afirmou que se cumpriu um sonho do historiador que vai permitir um labor criativo, recatado, feito com entusiasmo e lucidez. A partir de 25 de Setembro haverá sessões quinzenais às terças-feiras onde membros do centro apresentarão comunicações sobre diversas temáticas, informou o historiador Marinho Vicente Rodrigues.Joaquim Veríssimo Serrão, actualmente com 86 anos, decidiu doar à autarquia a sua biblioteca pessoal, com cerca de 30 mil livros, 90 caixas com documentos manuscritos e objectos que possuía na biblioteca de sua casa, em Santarém. “A minha missão está cumprida, deixo este espólio em sinal de gratidão a Santarém”, afirmou o historiador emocionado, agradecendo a todos os que proporcionaram a concretização da sua vontade.Adriana Veríssimo Serrão, filha do historiador, falou em nome da família, referindo que “ao doar a sua biblioteca, Joaquim Veríssimo Serrão entrega a sua alma e o seu mundo à humanidade”, acrescentando que “o que um dia foi trabalho, sofrimento, surge hoje depurado” e apto a constituir “ponto de passagem para novas obras”.“Em nome da família de Joaquim Veríssimo Serrão cumpre-me prestar reconhecimento pelo conjunto de todos os esforços individuais que permitiram concretizar o sonho de manter vivo o afecto à terra que lhe serviu de berço”, disse a filha do historiador, fazendo votos que os utilizadores daquele espólio “pousem com cuidado e com carinho as mãos nos livros” doados.O presidente da Câmara de Santarém interrompeu as férias para se juntar à cerimónia e deixar palavras de agradecimento a Veríssimo Serrão. “Há homens com a dimensão de vossa excelência a quem o problema da morte nunca se coloca, porque nos entregou um pedaço enorme da sua imortalidade e da nossa própria imortalidade, bem haja pela sua dádiva”, afirmou Francisco Moita Flores no final do seu discurso.Centro conta já com 250 membrosDesde o anúncio da criação do centro, em Março de 2011, foram muitas as adesões de investigadores tanto nacionais como de várias partes do Mundo, sobretudo da América Latina, mas também de Angola, Moçambique, Macau, Estados Unidos, Espanha, França, Itália.Alguns dos trabalhos de investigação e ensaios entretanto chegados ao CIJVS foram reunidos no número zero da revista “Mátria XXI”, que foi lançado durante a cerimónia de sábado e que conta com o apoio de uma das fundações com as quais o centro já celebrou protocolos. A partir de Outubro a publicação terá uma periodicidade semestral e será um dos veículos de divulgação dos trabalhos desenvolvidos pelos membros do CIJVS, que actualmente rondam já os 250.
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