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Terrenos de acesso à plataforma logística da Castanheira vão custar mais quatro milhões

Terrenos de acesso à plataforma logística da Castanheira vão custar mais quatro milhões

CDU acusa Câmara Municipal de Vila Franca de Xira de “gestão danosa”
Quatro milhões de euros é quanto a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira terá que pagar a mais pelos terrenos de acesso à A1 e à plataforma logística da Castanheira do Ribatejo. Tudo porque não reservou os terrenos de ligação quando se encontravam classificados como Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN). O novo Plano Director Municipal (PDM) já está em vigor e classifica a área da Plataforma Logística e dos acessos como zona industrial. Um protocolo celebrado entre o Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias, o município de Vila Franca de Xira, as Estradas de Portugal, a Brisa e a Abertis estabelece que se a verba de 385 mil euros não chegasse para a aquisição dos terrenos, o valor excedente seria suportado em 50 por cento pela autarquia e pela Abertis.Antes dos terrenos deixarem de ser RAN e REN e passarem a terrenos industriais, com um valor muito mais elevado, a câmara poderia ter reservado as áreas de acesso. Em vez de pagar agora os 385 mil euros, vai ter de desembolsar no total perto de cerca de 4,5 milhões de euros. Também as estradas municipais da Vala do Carregado, por onde passaram as viaturas pesadas enquanto se construíam as infra-estruturas para a instalação da plataforma, se encontram por reparar. A informação surgiu numa conferência de imprensa organizada pela CDU na sexta-feira, 27 de Maio, que aproveitou para acusar a autarquia de “gestão danosa” por não ter reservado os terrenos a preços mais baixos, quando ainda eram RAN e REN. Recorde-se que a plataforma logística da Castanheira do Ribatejo começou a ser construída a 11 de Março de 2008 e tinha um prazo de execução de três anos, representando um investimento inicial de 370 milhões de euros. A 2 de Junho de 2010 o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), garantia que as negociações com os proprietários dos terrenos onde vão avançar os acessos à plataforma logística estavam “praticamente concluídas” e que em breve tudo estaria em condições de “a Brisa avançar com a obra”. Dez meses depois tudo continua na mesma. O espaço pretende ser um dos maiores pólos económicos do concelho de Vila Franca de Xira, estimando-se a criação de 7 000 postos de trabalho directos e 18 000 indirectos.CDU não está contra construção do novo hospital A CDU não está contra a construção do novo hospital de Vila Franca de Xira - que considera importante para o concelho - mas contra a parceria público-privada. Isso mesmo foi sublinhado pelo partido numa conferência de imprensa realizada sexta-feira, 27 de Maio. Os beneficiados deste negócio não são a autarquia, o Estado ou a população, mas os privados, argumentam.
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