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Medidas preventivas do novo aeroporto de Lisboa foram uma “perda de tempo”

Presidente da Câmara de Benavente diz que situação afastou investidores do concelho
O concelho de Benavente “perdeu imenso” com as medidas preventivas do novo aeroporto de Lisboa, previsto para nascer nos terrenos do campo de tiro de Alcochete e foram uma “perda de tempo”. A opinião é do presidente da Câmara Municipal de Benavente, António José Ganhão (CDU), que diz não ter dúvidas que as medidas preventivas - lançadas por questões de ordenamento do território e para travar a especulação imobiliária da zona - vão cair e não poderão ser alvo de uma nova prorrogação de prazo.“A partir do dia 1 de Julho essas medidas não poderão ser prorrogadas novamente, a menos que haja um novo diploma a substituir essas medidas. Mas com todos os problemas que o país vive acho que os deputados vão estar preocupados com outras matérias e não com esta questão das medidas preventivas”, disse a O MIRANTE à margem da última reunião pública do executivo, realizada na tarde de 20 de Junho.“Não estou a ver que haja a perspectiva de se manterem estas medidas preventivas, o que nos alivia um pouco porque tem sido uma pressão enorme no município e temos assistido ao afastamento de muita gente que aqui podia ter investido”, lamenta o autarca.António Ganhão garante que não vai pedir uma indemnização ao Estado pelos prejuízos causados pelas medidas mas salienta que essa seria a atitude “mais justa”, tendo em conta as medidas compensatórias entregues aos municípios do Oeste. “Estamos a falar de critérios que foram usados e que deviam ser aplicados do mesmo modo”, defende.A decisão de construir o novo aeroporto de Lisboa ficou numa indefinição com a queda do governo socialista liderado por José Sócrates. As medidas preventivas mais restritivas abrangem os municípios de Benavente, Coruche, Alcochete, Montijo e Palmela. As medidas, recorde-se, implicam que a criação de novos núcleos populacionais, nomeadamente turísticos, fiquem sujeitos a pareceres obrigatórios, incluindo operações de loteamento e urbanização, construção, reconstrução e ampliação de edifícios. Também a construção de equipamentos e infra-estruturas de energia eléctrica e telecomunicações ficou condicionada. Em Novembro do ano passado a deslocalização das pistas de voo dois quilómetros para norte ao contrário do que estava inicialmente previsto fez os autarcas temerem que a freguesia de Santo Estêvão viesse a transformar-se na nova aldeia da luz, que ficou submersa por influência da barragem do Alqueva.

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