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Ampliação da fábrica Cintra em Santarém considerada de interesse municipal

Decisão da assembleia municipal permite reduzir os custos das taxas de licenciamento para metade

Projecto dos espanhóis da Font Salem visa duplicar capacidade de produção da cervejeira e criar 37 postos de trabalho.

A Assembleia Municipal de Santarém aprovou a declaração de interesse municipal do projecto de investimento que a cervejeira espanhola Font Salem quer fazer na fábrica Cintra e que pretende duplicar a capacidade de produção dessa unidade, prevendo investimentos da ordem dos 23 milhões de euros e a criação de 37 postos de trabalho.Essa declaração de interesse municipal, que já havia sido aprovada também pelo executivo da câmara municipal em Fevereiro último, vai permitir à empresa solicitar a redução de 50 por cento das taxas correspondentes a eventuais licenciamentos de obras na fábrica de Santarém.A empresa, que adquiriu a antiga fábrica no início de 2010, no âmbito do processo de insolvência, tem projectada a reestruturação da unidade e a sua ampliação, tendo por objectivo a duplicação da produção de cerveja e o fabrico de sumos e refrigerantes.A Font Salem adquiriu a fábrica de cerveja Cintra por 15,5 milhões de euros, depois de um processo de insolvência originado por dívidas que ascendiam a 120 milhões de euros, tendo ficado com 45 dos mais de 100 trabalhadores que a unidade chegou a empregar.A unidade, construída pelo empresário José Sousa Cintra, foi inaugurada no final de Maio de 2002, tendo sido vendida, cerca de quatro anos depois, já em situação económica difícil, à Iberpartners, de Jorge Armindo.Quando apresentou a sua proposta de aquisição, a Font Salem afirmou ter um projecto que vai aportar conhecimento e maximizar a actividade comercial da fábrica de Santarém, semelhante aos que desenvolve nas unidades que possui em Espanha (El Puig e Salem). “A Font Salem quer replicar o seu modelo de sucesso em Portugal e transformar a fábrica lusa numa referência e exemplo de produtividade, além de poder ser gerador de emprego local”, afirmou a empresa na altura. A cervejeira foi construída pelo empresário José Sousa Cintra em terrenos vendidos pela Câmara de Santarém, no mandato de José Miguel Noras (PS), pelo preço simbólico de um escudo (cerca de meio cêntimo) o metro quadrado, num processo que gerou polémica e que foi objecto de investigação pelo Ministério Público.

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