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População não foi avisada dos elevados níveis de poluição porque sistema de informação falhou

Em Vila Franca de Xira registaram-se níveis de ozono muito altos que justificariam um alerta à comunidade

Em Vila Franca de Xira os níveis de ozono ultrapassaram no final de Junho o limite permitido por lei, o que implica que a população seja alertada para precauções, mas a população não foi avisada por causa de uma “irregularidade no sistema” de alerta da CCDR-LVT, entidade responsável, o que impediu que a informação passasse.

A poluição do ar por ozono atingiu um patamar muito elevado no último fim de semana de Junho em Vila Franca de Xira mas a população não foi avisada sobre as precauções a tomar porque a informação não foi divulgada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), entidade a quem compete fazer o alerta.A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha (PS), garantiu na última reunião de câmara que já foram pedidas explicações à CCDR-LVT sobre a falha de informação, o que impediu a autarquia de deixar alguns conselhos de prevenção à população do concelho. O esclarecimento foi dado na sequência de uma questão levantada pela vereadora da CDU, Ana Lídia Cardoso.A CCDR-LVT já reconheceu que houve uma “irregularidade no sistema” que assegura o alerta à população e às entidades competentes sobre os níveis de concentração de ozono no ar e garantiu que a situação está “colmatada”. A CCDR garantiu ter adoptado “medidas que evitarão novas ruturas de comunicação nestas ocorrências”.Recorde-se que a associação ambientalista Quercus alertou que a poluição do ar por ozono na região de Lisboa tinha ultrapassado no sábado, 25 de Junho, os limites a partir dos quais deverá ser divulgada informação à população e lembrou que a autoridade responsável não estava a fazê-lo.Numa consulta à página “QualAR” na página online da Agência Portuguesa do Ambiente, confirma-se que os níveis ultrapassaram o limiar - 180 microgramas por metro cúbico. Nestas circunstâncias está fixado por lei que deve ser divulgada informação à população sobre os cuidados a ter.Em Vila Franca de Xira os níveis de ozono chegaram aos 190,1 gramas e em Loures aos 185,5 gramas, segundo os dados dessa base online sobre a qualidade do ar. Carla Graça, dirigente da Quercus, considera “preocupante” o facto de não ter havido nenhuma informação por parte da Comissão de Coordenação da Direcção Regional (CCDR) de Lisboa e Vale do Tejo. A dirigente da associação ambientalista destaca pela positiva a acção da CCDR do Norte que vem divulgando informação à população.“As pessoas mais sensíveis (crianças, idosos, asmáticos e indivíduos com problemas respiratórios) devem evitar inalar uma grande quantidade de ar poluído, especialmente durante o período mais quente (durante a tarde)”, recomenda Paula Pinto.Pelo mesmo motivo, deve ser reduzida “ao mínimo” a actividade física intensa ao ar livre e devem ser evitados outros factores de risco, “como o fumo do tabaco e a utilização de produtos irritantes contendo solventes na sua composição, uma vez que estes podem agravar os efeitos da exposição a concentrações elevadas de ozono”.O limiar a partir do qual deve haver informação à população está fixado por lei nos 180 microgramas por metro cúbico. Se os níveis subirem além dos 240 microgramas deve haver um alerta.

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