O presidente da Câmara de Santarém anunciou esta segunda-feira que vai desenvolver um pólo equino, em parceria com o Jockey Clube de São Paulo (Brasil), para comercializar e exportar cavalos ligados a todas as vertentes equestres. Trata-se de um investimento, segundo Moita Flores (PSD), da ordem dos 250 milhões de euros e o primeiro passo do projecto foi dado com a aprovação, pelo executivo camarário, do protocolo entre as duas partes.O projecto funcionará como “uma plataforma de desenvolvimento agro-pecuário e de exportação de equídeos para o mercado europeu” e vai contar com financiamentos comunitários e privados. O autarca sublinha que Santarém tem “vindo a trabalhar o ‘cluster’ do cavalo há muito tempo” e que a cidade já possui equipamentos que “permitem alavancar um projecto desta natureza”, como a escola agrária e a antiga estação zootécnica.Moita Flores destacou a importância da parceria realizada com o clube de criadores de São Paulo, já que, além da proximidade da língua, o Brasil tem grande tradição na criação de cavalos e está muito bem posicionado nas mais importantes provas mundiais. “O Brasil é um dos maiores criadores de cavalos do mundo, incluindo de cavalos lusitanos” e poderá usar o Pólo Equino de Santarém para “atingir outros mercados”. adiantou o autarca.O projecto vai permitir revitalizar espaços agrícolas e unidades pecuárias abandonadas ou com fraco rendimento, criando 700 postos de trabalho até 2015 e aumentando a população equídea dos actuais 6 mil para nove mil animais. O objectivo é promover a exploração, comercialização e exportação de cavalos associados a todas as vertentes da actividade equestre desde actividades olímpicas e lúdicas, passando por corridas de cavalos, hipoterapia, turismo equestre e investigação científica.Oposição aplaudeO vereador Ludgero Mendes (PS) congratulou-se pela apresentação e aprovação do protocolo, um “primeiro passo indispensável” para a concretização do projecto, e justificou a sintonia com a maioria PSD dizendo: “O que mais desejamos é o êxito da governação e a concretização de projectos que possam constituir uma âncora para o desenvolvimento do concelho e para a afirmação de Santarém no contexto regional e nacional”.Na resposta, Moita Flores elogiou a postura dos vereadores do PS, nomeadamente “pela forma como geriram o silêncio” ao longo do tempo em que duraram as negociações.