uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Festa de Benavente dificultou-me acesso à urgência

Hoje, ao ler a reportagem de O MIRANTE relativa ao falecimento de uma senhora de Benavente durante a largada de toiros, veio-me novamente à memória a indignação que senti nesse dia. Sou residente em Foros de Salvaterra e a minha mãe (que teve um cancro da mama e fez tratamentos de radioterapia) precisou de se deslocar às urgências a Benavente, pois esta é a nossa área de residência. A minha mãe ia com queimaduras de alto grau e necessitava de cuidados. Meti-me ao caminho, não me lembrando das festas de Benavente. Quando saí da ponte estava uma grande fila mas não existia policiamento para informar nada. Segui pelas ruas que conheço para chegar às urgências mas para meu espanto não existia nenhum caminho livre pois estavam camiões atravessados em todas as ruas, cortando o acesso ao meu destino. Depois de percorrer várias estradas em busca de uma solução, desloquei-me até uma agente da GNR e perguntei como podia passar para as urgências. Ela ficou um pouco calada e depois disse que a única solução seria ir pela estrada do campo que vai sair ao Gado Bravo e ir dar uma volta de 30 quilómetros. Fiquei em pânico e liguei para o 112. Demoraram cerca de 5 minutos a atender a chamada e depois de atenderem informaram-me que não existiam ambulâncias disponíveis pois estavam todas de serviço. Fiquei indignada pois tinha a minha mãe a necessitar de cuidados médicos e não podia fazer nada. Se fosse o caso de um enfarte ou atropelamento a pessoa acabaria por falecer pois não existia outra forma de a socorrer. Assim se vê o ponto em que o nosso país chegou pois cortam-se estradas nacionais para fazer brincadeiras perigosas pondo em risco milhares de pessoas.Anabela

Mais Notícias

    A carregar...