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Mercado de Tomar fechado há um ano e autarquia continua sem uma solução definitiva

Mercado de Tomar fechado há um ano e autarquia continua sem uma solução definitiva

Altas temperaturas dentro da tenda provisória são problema para quem ali trabalha uma vez que incomodam clientes e estragam produtos

Mercado municipal foi encerrado pela ASAE por questões de higiene e segurança. Município ainda não decidiu o que fazer ao espaço.

Fez no dia 1 de Julho um ano que os inspectores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) encerraram o edifício do mercado municipal de Tomar. A solução provisória, encontrada pela autarquia, foi instalar os vendedores numa tenda. A ideia inicial era alugar o equipamento mas a autarquia optou pela compra, investindo cerca de trinta mil euros na lona. A solução provisória arrisca-se a ser definitiva uma vez que a câmara ainda não tem qualquer proposta sobre o que vai fazer. Para agravar a situação, deu-se agora o problema do equipamento não ser climatizado, sendo a temperatura no interior insuportável para feirantes e clientes. “A solução é comprar menos, para não se estragar tanto. E não deixo nada aqui de um dia para outro. Hoje não está tanto calor porque está o tempo encoberto, mas houve aqui dias com mais de 40 graus” refere Alice Sereno. Para esta feirante a solução passa por colocar ventoinhas no tecto uma vez que a estrutura não aguenta a colocação de um sistema de climatização. O assunto esteve em discussão numa reunião de executivo municipal, através de uma proposta do grupo dos “Independentes por Tomar”. A vereadora Graça Costa (IpT) advertiu para o facto de a tenda não ser climatizada. “Sou frequentadora semanal do espaço e a temperatura, dentro da tenda, já chegou aos 43 graus. Custa muito saber que o mercado de Tomar, que já foi uma referência na região, se encontra hoje assim”, disse, acrescentando que os bens que ali são vendidos não resistem a tanto calor.“A câmara, enquanto responsável pela situação, devia encontrar uma solução para o problema grave. Este Verão, com as temperaturas que se anunciam, vai ser impensável funcionar assim”, disse. Os independentes pretendiam ainda saber se os comerciantes já foram ressarcidos dos prejuízos causados com o encerramento súbito do mercado tendo o vice-presidente esclarecido que falta apenas resolver duas ou três situações. “Como a maioria tinha mercados no dia seguinte conseguiu escoar os seus produtos”, esclareceu o autarca. “Falar do mercado é falar de muitas coisas” “O mercado chegou a este ponto porque está à espera de consensos. É importante decidir e decide quem ganha as eleições. Hoje chegamos ao ponto em que falar do mercado é falar de muitas coisas”, disse Carlos Carrão (PSD), vice-presidente da autarquia, relembrando o dia em que a ASAE actuou e o trabalho que foi feito em seguida para que os feirantes continuassem a desempenhar a sua actividade. “Face às exigências do auto, a situação não ficava resolvida apenas com pequenas obras. Teria que se construir um edifício novo, razão pela qual optamos pela tenda”, justificou o autarca. Para Carlos Carrão, a solução não passa pela simples construção de um mercado novo que, face à concorrência das grandes superfícies, não iria sobreviver. “Já perdemos um ano pelo que é urgente procurar um enquadramento de financiamento e avançar para a construção de um novo edifício noutros moldes. O mercado não é um problema. São vários problemas”, disse. A concelhia do PS abordou a questão em comunicado, classificando a situação de “vergonhosa” e frisando que o mercado “carece duma solução rápida que possa colmatar os problemas colocados a vendedores e a clientes”. Para os socialistas, essa solução passa pela realização urgente de obras que dotem o encerrado edifício das condições mínimas para que possa com salubridade e segurança reabrir, deixando assim para “melhores dias uma solução mais consubstanciada”.O presidente da Câmara de Tomar propôs no final da discussão que o executivo se reunisse com o único propósito de analisar o assunto e tomar uma decisão. “A ideia de que é só fazer uma reparação ligeira e depois chamar a ASAE para vistoriar não é viável. Só fazer obras para reabrir metade do espaço, mediante as exigências da ASAE, era mais caro que a solução da tenda”, disse Corvêlo de Sousa (PSD).
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