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Presidente da Câmara de Tomar desvaloriza tricas políticas entre PSD e PS

Corvêlo de Sousa, independente eleito pelo PSD, considera que nos assuntos estruturantes o seu executivo camarário reúne consenso

Autarca diz que lida bem com a diferença de opiniões, elogia trabalho dos vereadores do PS à frente dos respectivos pelouros e diz que pretende levar o mandato até ao fim.

O presidente da Câmara Municipal de Tomar, Fernando Corvêlo de Sousa, está seguro da solidez do seu executivo municipal, desvalorizando as recentes trocas de galhardetes entre o PSD e o PS, partidos que estão unidos em coligação na gestão da autarquia desde 2009, fruto de uma maioria relativa alcançada pelos sociais-democratas. O executivo municipal de Tomar é constituído por três elementos do PSD, dois vereadores do PS e dois independentes, tendo as duas primeiras forças estabelecido um acordo pós-eleitoral com vista a gerir os destinos da autarquia. Independente eleito nas listas do PSD nas últimas eleições autárquicas, Corvêlo de Sousa desvalorizou a O MIRANTE a troca de galhardetes políticos entre PSD e PS que já se repetiram por várias ocasiões neste mandato. O mais recente episódio aconteceu há três semanas quando o vice-presidente da autarquia, Carlos Carrão (PSD), leu uma declaração numa reunião de câmara, acusando o PS de ser “desleal com o seu parceiro de coligação” no caso da falta de pessoal e de maquinaria para as obras nas juntas de freguesia. A concelhia socialista, que se reuniu no dia seguinte, reagiu respondendo que é o vice-presidente que não sabe trabalhar os seus pelouros. Corvêlo de Sousa refere que, sobre este assunto, a sua posição é bastante clara. “O que me move a estar na câmara é a promoção daquilo que é importante para o concelho e população, que é a criação de emprego através do turismo. E, nas decisões estratégicas, aquelas que determinam o futuro do concelho, não tenho sentido que, quer no executivo camarário, quer na assembleia municipal, alguém tivesse “obstaculizado” os projectos”, disse. O presidente da Câmara de Tomar refere-se a projectos que foram aprovados e já estão em curso como o do Museu da Levada ou a requalificação da envolvente ao Convento de Cristo. O resto, considera que são “questões menores ou de pormenor” em que não se consegue chegar a consenso. “Não levo nada a mal que as pessoas emitam opiniões contrárias às minhas. Claro que se tivesse maioria absoluta era tudo mais pacífico, mas entendo que é melhor este regime, onde cada um diz o que entende, quando entende e onde entende, do que o regime anterior em que o que não se dizia em público, dizia-se em privado”, sustenta. Mandato para levar até ao fimO acordo que levou à coligação PSD-PS gerou que fossem entregues aos vereadores socialistas, Luís Ferreira e José Vitorino, os pelouros da Protecção Civil e Urbanismo respectivamente, cargos que desempenham a tempo inteiro, o que suscitou muitas críticas. Mas Corvêlo de Sousa refere que também já foi vereador e sabe o trabalho que estas pastas dão. “São duas áreas muito complexas e sensíveis que estão entregues e estão a ser desenvolvidas. Os vereadores têm desempenhado as suas funções de uma forma eficiente”, considera. Corvêlo de Sousa diz ainda que não alimenta deita especulações que apontam para o seu abandono do cargo a favor do vice-presidente, o social-democrata Carlos Carrão, após a Festa dos Tabuleiros. “Não tenho prazo para sair a não ser no fim do mandato. A questão levantou-se por alguma razão, que não quero saber porque tenho mais que fazer. Não sou capaz de dizer que garanto que fico até ao fim do mandato mas nem eu, nem nenhum elemento do executivo”, refere o autarca que dá como exemplo a saída repentina do anterior presidente da câmara, António Paiva, para a CCDR Centro em Janeiro de 2008, situação que o levou ao cargo que ocupa actualmente.

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