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Observar o céu para despertar o interesse pelas ciências

Observar o céu para despertar o interesse pelas ciências

Passavam cinco minutos das 17h00 de sábado, 16 de Julho, quando o astrónomo profissional Carlos Santos começou a montar no Páteo Valverde, em Azambuja, dois telescópios para observar o Sol. Numa sala, com os pais por perto, uma dezena de crianças divertia-se a construir relógios de sol, calendários do sistema solar e relógios estelares. Maximino Martins foi um dos poucos adultos que se deslocou propositadamente de Alenquer para observar o sol. “Há uns dez anos comecei a interessar-me pela astronomia e sempre que descubro iniciativas destas participo”, conta. Na máquina digital que traz mostra fotografias do eclipse da lua que tirou no dia 15 de Junho. “O mercado de trabalho está cada vez mais virado para as ciências. Este ano tudo indica que não vão existir turmas de Química e Física de 12º ano na Escola Secundária de Azambuja. Esta iniciativa é uma maneira de despertar nos mais pequenos o interesse pela ciência”, diz Rui Pinto, um dos responsáveis pela realização da iniciativa no concelho em conjunto com a Câmara Municipal de Azambuja. No exterior, Carlos Santos vai dando uma breve explicação sobre a observação solar. Num dos telescópios consegue observar-se a cromosfera, uma das camadas do sol, e no outro vê-se a fotosfera, representada por pequenas manchas. Para a noite estava prometida a observação da lua, de Saturno e dos seus anéis e das estrelas. “Não sei se poderemos ver mais alguma coisa, tudo dependerá da poluição luminosa de Azambuja”, explicou Carlos Santos. As próximas sessões vão realizar-se nos dias 23 e 30 de Julho, 27 de Agosto, 3 e 10 de Setembro, à mesma hora. A actividade “Astronomia de Verão” está integrada no programa “Ciência Viva”.Eduarda Sousa
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