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Câmara de Azambuja e Águas do Oeste devem mais de dois milhões uma à outra e tentam acerto de contas

Câmara de Azambuja e Águas do Oeste devem mais de dois milhões uma à outra e tentam acerto de contas

Autarquia deixou de pagar água e saneamento por ter sido obrigada a fazer obras que deviam ter sido feitas pela empresa

O assunto arrasta-se há quase 7 anos e veio para a ribalta nos últimos dias por causa das notícias sobre a situação financeira da Águas de Portugal (accionista da Águas do Oeste) e a sua implicação numa possível privatização.

Na última semana, a Câmara Municipal de Azambuja foi referida como uma das principais devedoras da empresa Águas de Portugal (accionista da Águas do Oeste). O vereador com o pelouro da água e saneamento, Silvino Lúcio, garante que a informação está incompleta. Segundo explicou a O MIRANTE, a dívida às Águas do Oeste (AdO), que pertence ao Grupo Águas de Portugal, situa-se agora em 2,2 milhões de euros, mas a empresa também deve 2,3 milhões de euros à autarquia. Ou seja, segundo ele, depois de feito um acerto de contas o município é credor e não devedor. O diferendo sobre o valor das dívidas arrasta-se há sete anos. A AdO estava obrigada a realizar uma série de investimentos no concelho mas quem teve que fazer a maior parte daquelas obras foi o município que agora reclama o pagamento das mesmas. É com base nisso que o município tem andado em conversações com a empresa. “O litígio está perto do fim”, assegura o vereador.Em finais de 2009 a dívida da autarquia à empresa situava-se nos 3,2 milhões de euros, como foi noticiado na semana passada pelo Diário de Notícias. Actualmente fica-se pelos 2,2 milhões. Os dados são da própria empresa. “A AdO abateu na nossa dívida cerca de um milhão de euros, verba que correspondia ao que o município teria de pagar pelo aumento de capital social da Águas do Oeste” explica Silvino Lúcio. A dívida do município é resultante de tarifas de água e de saneamento não pagas e respectivos juros de mora. A dívida da empresa é referente a infra-estruturas do sistema de abastecimento de água. “Deixamos de pagar porque a AdO não executou a generalidade das infra-estruturas de água e saneamento a que se tinha proposto na assinatura do contrato, o que nos obrigou a substituir por diversas vezes a empresa e até a realizar obras inadiáveis que cabiam à empresa”, aponta o vereador. Das obras que foram prometidas, o vereador destaca o sistema de abastecimento de água de Arrifana, o emissário de Vale do Brejo e Vale Coelho ou a construção de uma nova ETAR em Vila Nova de S. Pedro.Há anos que a autarquia anda a negociar o valor das infra-estruturas que construiu. o autarca diz que o impasse está a chegar ao fim. “Existe um entendimento, ainda que informal, com a nova administração”, afirma. E aproveita para anunciar que “poderá estar para breve o tratamento de águas residuais em Vila Nova de São Pedro e Manique do Intendente”. O MIRANTE contactou a Águas do Oeste para saber a posição da empresa mas até ao fecho desta edição não obteve qualquer resposta.
Câmara de Azambuja e Águas do Oeste devem mais de dois milhões uma à outra e tentam acerto de contas

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