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Contratação de palcos e som das Festas de Ourém acaba em polémica

Contratação de palcos e som das Festas de Ourém acaba em polémica

Director de empresa municipal apresenta queixa no Ministério Público contra autor de comunicado onde se questiona adjudicação desses serviços

E-mail enviado para a comunicação social por um cidadão desencadeou a controvérsia.

O contrato por ajuste directo dos palcos e sistema de som das Festas da Cidade de Ourém, realizadas no passado mês de Junho, está a gerar polémica no concelho. Às redacções de vários jornais locais e blogues do concelho chegou uma informação a dar conta que após ter contactado uma empresa do concelho, a Câmara de Ourém decidiu adjudicar esses serviços a outra firma, de fora do município, por um preço superior. Citado no comunicado, o administrador da empresa municipal OurémViva, João Sousa, apresentou queixa no Ministério Público contra o autor do e-mail distribuído à comunicação social. A ZonaMatrix, empresa de som de Ourém que terá sido contactada pela autarquia, afirma-se alheia a toda a situação.No comunicado que chegou às redacções é referido que “em meados de Janeiro de 2011 o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Paulo Fonseca, reuniu com os responsáveis da ZonaMatrix, com sede em Ourém, no intuito destes virem a prestar serviços futuros ao Município de Ourém”. “Em Fevereiro de 2011 a ZonaMatrix foi auscultada no sentido de vir a fornecer palcos e som para as festas da cidade de Ourém. Essa consulta foi efectuada pela OurémViva pela pessoa do seu administrador Sr. João Sousa, ex-adjunto de Paulo Fonseca. Na sequência desse pedido a ZonaMatrix entregou o respectivo orçamento, onde se propunha efectuar o serviço por 10.490 euros + Iva”, refere. “Posteriormente sem que nada o fizesse prever, constata-se que o Município de Ourém sem concurso público e por ajuste directo entrega o fornecimento de palcos e som a uma outra firma, com sede fora de Ourém, por um valor bastante superior, ou seja por 14.750 euros + Iva” lê-se.Contactado por O MIRANTE, João Sousa afirmou que o que diz a informação “não é verdade” e que o orçamento que é referido nunca lhe chegou às mãos. “Já apresentei queixa-crime contra a pessoa que escreveu o comunicado no Ministério Público”, referiu.Posteriormente, a OurémViva enviou um comunicado, onde refere que João Sousa terá esclarecido que no âmbito da realização das Festas de Ourém 2011, para além de outras empresas, foi contactada a empresa ZonaMatrix, com a qual reuniu no Centro de Negócios no dia 24 de Fevereiro. “Nessa reunião foi-nos apresentado um orçamento com bandas já definidas, cujo valor total da proposta era de 63.830 euros. Este valor referia-se apenas a um palco e um sistema de som e luz. A proposta apresentada não foi considerada pela equipa que planeou os eventos do Parque Linear por não se enquadrar com o que se pretendia, pois os artistas em questão não eram os pretendidos e deduzindo do orçamento apresentado o valor dos artistas, o montante a cobrar pelos sistema de som, luz e palco ultrapassava largamente os outros orçamentos apresentados pelas empresas consultadas”.De seguida são apresentadas as contas das Festas de Ourém, com artistas e equipamentos, onde é referido que a luz, som e dois palcos ficou em 14.750 euros. Sobre o orçamento final que a ZonaMatrix terá apresentado a 19 de Março de 2011, de 10.490 euros, é indicado que “o mesmo não foi recepcionado por nenhum dos intervenientes neste processo”.Empresa diz-se alheia à situaçãoO MIRANTE falou com Hugo Marques, da ZonaMatrix, empresa sediada em Ourém há oito anos. O responsável comentou que não participou em nenhum comunicado para jornais ou blogues, tendo sido apanhado de surpresa pela exposição da situação. Afirmou que apesar de João Sousa dizer que nunca recebeu nenhum orçamento da ZonaMatrix, foi deixado um orçamento no devido departamento da OurémViva, ainda que não entregue pessoalmente ao administrador. Referiu ainda que após a consulta inicial nunca mais foram contactados, tendo ficado posteriormente a saber que havia sido contratada outra empresa.
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