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Dezasseis anos de prisão para homem que assaltava mulheres durante a noite

Dezasseis anos de prisão para homem que assaltava mulheres durante a noite

Condenado por 16 crimes de furto, roubo, sequestro, coacção sexual e detenção de arma proibida

O condenado atacava nos concelhos da Golegã, Torres Novas, Entroncamento e Chamusca e chegava a obrigar as mulheres a levantarem dinheiro nas caixas multibanco.

Um operário fabril residente na Golegã que no ano passado atacou várias mulheres indefesas durante a noite e madrugada para as assaltar foi condenado pelo Tribunal de Torres Novas a 16 anos de prisão por 16 crimes, entre eles furto, roubo, sequestro, coacção sexual e detenção de arma proibida. Paulo Fernandes, 34 anos, atacava as mulheres quando estas estacionavam ou saiam dos seus carros ou caminhavam na rua. Segundo o acórdão, o homem, que já tinha sido condenado noutros processos por furtos na década de 90, chegava a usar de violência física para conseguir os seus intentos. Diz o acórdão do tribunal que o arguido, natural de Maputo, Moçambique, mas a residir na Golegã, decidiu no início de 2010 passar a assaltar mulheres que encontrasse sozinhas na rua e a horas pouco movimentadas, sobretudo de madrugada, usando de violência ou de meios intimidatórios para conseguir ficar com o dinheiro ou os bens das vítimas. Algumas foram obrigadas a levantar dinheiro com os seus cartões em caixas multibanco às quais o homem as conduzia. Para não ser conhecido usava um casaco com capuz e umas meias de mulher na cabeça, além de luvas nas mãos. Obrigava as mulheres a não olharem para ele e quando as levava às caixas multibanco mantinha-se atrás delas. Em duas situações tentou violar as vítimas. Uma delas assaltou-a no Entroncamento e levou-a para a entrada de um prédio, mas não conseguiu os seus intentos porque esta conseguiu fugir quando o assaltante a começou a acariciar. Outra mulher que abordou em Torres Novas obrigou-a a que o masturbasse acabando por desistir de a violar. O homem usava uma faca e até uma chave de fendas com as quais intimidava as mulheres que apanhou na Golegã, em Torres Novas, Entroncamento e Chamusca. Depois de lhes tirar o dinheiro e sobretudo telemóveis o arguido levava as vítimas aos terminais de levantamento de dinheiro em localidades vizinhas àquelas em que cometia os assaltos. Para apanhar o homem foram determinantes algumas pistas que este foi deixando, mas sobretudo o facto de num dos últimos assaltos antes de ser detido ter levantado o capuz quando obrigava uma mulher a levantar dinheiro e ter sido filmado pelas câmaras de videovigilância do banco. Uma busca à residência do arguido em 7 de Julho de 2010 veio desfazer as dúvidas, uma vez que as autoridades encontraram na habitação o casaco, as calças, as meias de vidro e a chave de fendas que usava nos assaltos. Além de um bastão e uma pistola que disparava esferas de plástico. Agressor sexual em prisão preventivaRecorde-se que há um mês a Polícia Judiciária deteve outro homem que também atacava mulheres durante a noite, mas neste caso com intuitos sexuais. O homem de 29 anos, oriundo de Almeirim mas a residir no Entroncamento, começou a abordar mulheres em Fevereiro em ruas das zonas de Torres Novas, Entroncamento, Chamusca, Golegã e Abrantes tentando metê-las dentro do carro. Pelas contas da Judiciária atacou pelo menos 20 mulheres e raparigas entre Fevereiro e Junho. O homem que está agora em prisão preventiva a aguardar julgamento está indiciado por crimes de coacção sexual de pelo menos 20 mulheres, sendo que cada crime destes é punível com prisão de um a oito anos. O detido, electricista de profissão, divorciado mas a viver com uma mulher, circulava com o seu carro pelas ruas durante a noite e quando via as mulheres a caminharem sozinhas abordava-as, agarrava-as e puxava-as para o interior da viatura em que se fazia transportar. A PJ refere que os crimes ocorreram em “localidades pacatas onde as pessoas andam muito à vontade”, referindo que o presumível agressor “andava à espreita de uma oportunidade”. Algumas das vítimas sofreram lesões físicas na sequência de quedas, quando, após terem oferecido resistência, fugiram assustadas do agressor.
Dezasseis anos de prisão para homem que assaltava mulheres durante a noite

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