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Nova monografia sobre as Linhas de Torres à venda em Vila Franca

Foi colocada à venda em Vila Franca de Xira, nos museus e no centro interpretativo do Forte da Casa, a monografia sobre as Linhas de Torres. Intitulado “As linhas de Torres Vedras: um sistema defensivo a norte de Lisboa”, o livro resulta de uma parceria entre os seis municípios que integram o projecto da Rota Histórica das Linhas de Torres (Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira) e custa cinco euros. O livro contou com a ajuda da Academia Portuguesa de História. As Linhas de Torres, recorde-se, são um conjunto de 152 fortificações que se estendem de Vila Franca de Xira a Mafra e foram erguidas entre 1809 e 1812 para defender a nação portuguesa dos exércitos invasores franceses de Napoleão Bonaparte. No concelho de Vila Franca existem 35 fortificações, tendo uma delas sido completamente recuperada para dar lugar a um centro interpretativo, na vila do Forte da Casa. O concelho de Vila Franca de Xira foi determinante no processo de defesa de Lisboa na guerra contra os invasores franceses e contribuiu de forma decisiva para a mudança do rumo da guerra. As tropas francesas ficaram detidas na primeira linha de defesa (que une Alhandra - Vila Franca de Xira a Mafra) e foram travadas duras batalhas no desaparecido forte da Boavista (onde hoje se situa o monumento a Hércules, em Alhandra). Na altura o concelho recebeu a ajuda de milícias e ordenanças da zona oriental de Lisboa, do Buçaco, Santarém, Guarda e Castelo Branco. “Houve muito tiro, muito canhão e um marco importante em toda a guerra: Um dos oficiais de Napoleão, Saint-Croix, que se equiparava a “chefe de gabinete” do Marechal francês Massena, que comandava as operações, é morto aqui com um disparo de canhão. Quando o próprio Massena vem fazer o reconhecimento no terreno é quase atingido por tiros de artilharia”, contou a O MIRANTE José Berger, historiador do exército, durante a cerimónia dos 200 anos das Linhas de Torres. Este episódio levou os franceses a recuar horas depois, seguindo-se após vários meses os restantes pelotões e consequente vitória portuguesa e inglesa.

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