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Apartamento no Alto do Bexiga em Santarém com vista para um matagal

Não é nada escandaloso haver terrenos sem estarem ajardinados. Ainda por cima se o bairro é novo. Quando os actuais moradores compraram casa, não repararam nisso? Já deviam saber o que teriam, por isso não os considero vítimas. Quanto ao depósito de gás a responsabilidade é de quem o construiu e é a essa entidade que devem ser exigidas todas as medidas de segurança. Se há prática de actividades ilícitas e deposição ilegal de entulhos, é responsabilidade da polícia evitar tais práticas.Não se devem ajardinar todos os terrenos. Esse mato rasteiro é ainda assim um ecossistema com algum valor, onde por exemplo as ameaçadas abelhas encontram flores, onde alguns répteis e mamíferos se acoitam e as aves podem encontrar alimento. Estes animais não devem ser vistos como invasores, pois sempre ali existiram. Os humanos que para ali vão viver deviam ter mais respeito, pois são eles os novos vizinhos. Ajardinar um terreno implica rega, adubagem, corte e manutenção... tudo com gastos de dinheiro, água e químicos. Penso que é bom termos alguns bons jardins, mas a opção não tem de ser betão/alcatrão/jardim... ou não podemos ter vegetação espontânea e natural?! Um matagal não é prejudicial à saúde das crianças. Deve ser valorizado, apreciado pela sua beleza, reflectindo as estações nas suas cores, albergando alguns simpáticos inquilinos. Pelo contrário, um ambiente artificial, desinfestado e adubado com químicos é inadequado às crianças e custoso tanto ao ambiente como ao erário público.Não pretendo ser radical, talvez até um jardim ali seja adequado. Mas o tom desta notícia pareceu-me demasiado indignado, como se a solução defendida fosse óbvia e urgente: não é. Nem o seu adiamento é injusto ou imoral. Apreciem o que têm, que foi o que compraram. Cuidem vós mesmos do espaço - porque não fazer algumas hortas ecológicas? Dêem graças à Natureza por ser tão pródiga e acarinhem-na.D Vargas

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