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Fogo numa casa em A-dos-Melros deixou na miséria os filhos da idosa que morreu queimada

Fogo numa casa em A-dos-Melros deixou na miséria os filhos da idosa que morreu queimada

Chamas destruíram a habitação onde vivia Maria Aurélia Carvalho com os dois filhos que agora procuram ajuda
Um candeeiro a petróleo numa casa sem água nem electricidade provocou um incêndio que vitimou uma idosa de 87 anos e deixou os dois filhos que com ela viviam na miséria. As chamas deixaram a habitação destruída e queimou todos os bens, até as magras poupanças da família. Um dos filhos está alojado temporariamente em casa de uma tia, o outro tem dormido ao relento porque tem que tomar conta das duas dezenas de ovelhas de onde retirava algum rendimento que ia ajudando nas despesas domésticas.O caso passa-se em Casal Ventoso de Cima, numa colina afastada do centro de A-dos-Melros, Alverca, concelho de Vila Franca de Xira. O filho mais novo, Virgílio Carvalho, de 48 anos, trabalha na Junta de Freguesia da Calhandriz e está temporariamente alojado na casa de uma tia. O mais velho, 61 anos, está desempregado e dedicava-se a tomar conta dos animais. O incêndio na habitação aconteceu na manhã de 14 de Julho. Maria Aurélia Carvalho morreu no seu interior enquanto tentava escapar ao inferno das chamas. Os dois filhos estão numa situação de miséria que está já a ser acompanhadas pelos serviços sociais da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Aurélia Carvalho, neta da vítima, e Virgílio Carvalho pediram ajuda à câmara municipal para reconstruir a habitação. A presidente Maria da Luz Rosinha (PS) prometeu que o município vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar. Aurélia Carvalho disse a O MIRANTE que “toda a ajuda é bem-vinda, nem que seja com materiais” para que a habitação possa ser reconstruída. Esta não é a primeira vez que o azar bate à porta da família. No ano passado um incêndio florestal aproximou-se da habitação e consumiu a palha para os animais. Na altura valeu a ajuda de empresários do concelho, que doaram vários fardos.“Os animais são a única coisa com que ficaram, de resto perderam tudo, o pouco que tinham ardeu,” lamenta a O MIRANTE Aurélia Carvalho, 36 anos. “Os bombeiros foram muito rápidos mas o fogo alastrou rapidamente porque o tecto era em madeira”, acrescenta a neta da vítima. “Ela tinha sempre um candeeiro a petróleo que estava na mesa-de-cabeceira. Não sei se foi descuido ou se o candeeiro caiu e pegou o fogo. Ela estaria a tentar fugir para a rua”, recorda, acrescentando que o corpo carbonizado da avó, que agora está sepultado no cemitério de Alverca, foi descoberto na cozinha.
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