As imagens em vídeo da carga policial durante a manifestação de utentes na manhã de segunda-feira, 29 de Agosto, na estação de comboios de Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, já podem ser vistas no diário online de O MIRANTE em www.omirante.pt.Os manifestantes do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) do concelho de Vila Franca de Xira voltaram a protestar em frente à estação de Alhandra na tarde de 30 de Agosto para condenar a “forte carga policial” de que dizem ter sido alvo por parte dos agentes da Polícia de Segurança Pública.Os manifestantes, recorde-se, cortaram a circulação de comboios nos dois sentidos pouco depois das 7h30 de segunda-feira, 29 de Agosto, em protesto contra o aumento do preço dos transportes. A polícia interveio e desmobilizou os manifestantes mas pouco depois dois homens foram detidos por se recusarem a ser identificados. Depois de instalada a confusão um dos agentes disparou um tiro para o ar. Em comunicado a PSP refere que os agentes foram rodeados por seis manifestantes “sendo um dos polícias agredido nessa altura”. Segundo a polícia o tiro foi disparado para o ar para fazer cessar as agressões e porque os agentes estavam em inferioridade numérica. “Condenamos a forte carga policial que foi exercida sobre um conjunto de cidadãos que, de forma ordeira e pacífica, entendeu suspender a circulação de comboios. Foi uma clara acção de intimidação e de uso desmesurado da força em clara violação das mais elementares regras da democracia. Já depois de alguns utentes terem desobstruído as linhas e os comboios estarem a circular”, acusou Carlos Braga, líder do movimento, na manifestação de terça-feira. Na mesma concentração os utentes exigiram o arquivamento do processo movido a dois manifestantes, pai e filho (Bento Luís e Pedro Luís) que ficaram com termo de identidade e residência acusados de coacção, desobediência e tentativa de agressão aos agentes policiais. “Exigimos que o inquérito judicial seja arquivado de imediato porque não há razão nenhuma para que o mesmo prossiga”, referiu Carlos Braga. O caso ocorre numa altura em que as notícias sobre tumultos sociais estão na ordem do dia, com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho a reconhecer o direito à greve e à manifestação mas a dizer que não vai ser brando com tumultos nas ruas.