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Hospital de Vila Franca acaba com macas nos corredores

Hospital de Vila Franca acaba com macas nos corredores

Administração cria equipas fixas de médicos nas urgências para reduzir contratação de clínicos a empresas

A pouco mais de um ano da mudança para um novo edifício, a administração do Hospital de Vila Franca de Xira investiu 120 mil euros na melhoria das instalações das urgências e já está a preparar o modelo de atendimento médico nas novas instalações.

O Hospital Reynaldo dos Santos, em Vila Franca de Xira, está a formar equipas de médicos treinadas e vocacionadas para trabalharem nas urgências da unidade hospitalar. Uma forma de reduzir a dependência de médicos contratados a empresas que vão fazer horas ao serviço. Com esta medida e com uma intervenção recente nas instalações, a direcção do hospital quer também reduzir o tempo de espera dos cerca de nove mil utentes que mensalmente acorre às urgências.Segundo o director clínico do hospital, Carlos Rabaçal, que assumiu estas funções em Junho, quando o hospital passou para gestão privada, só com equipas constituídas sempre pelos mesmos médicos, será possível reduzir os tempos de espera para os utentes. Por dia afluem às urgências mais de 300 doentes, dos quais um terço é crianças. “Estamos a implementar estas mudanças na estrutura clínica das urgências, porque pensamos que isso vai melhorar a nossa capacidade de responder de uma forma mais rápida aos doentes”, justifica.Até há pouco tempo o cenário das urgências do hospital era de confusão com macas pelos corredores e falta de espaço para os médicos. Para mudar esta imagem foram feitas obras recentemente para criarem 19 salas para as macas dos doentes que estão em observação, que custaram 120 mil euros. E foi alugado um contentor onde foram instalados gabinetes médicos. Estas intervenções surgem a um ano e meio da data prevista para a abertura do novo hospital, mas Vasco Luís de Mello, presidente do conselho de administração do consórcio Escala Vila Franca, responsável pela construção e gestão da nova unidade, garante que o investimento não tem a ver com um acautelar de atrasos nas obras. “Não temos nenhuma indicação que o novo hospital se vá atrasar. Fazemos esta intervenção porque achamos que ela é estritamente necessária para enfrentar com qualidade os 18 meses em que ainda vamos ter de estar aqui. Esta intervenção justifica-se porque as urgências são o cartão-de-visita de qualquer hospital e não podíamos continuar na situação em que nos encontrávamos”, explica Vasco Luís de Mello. Em 2010 a média diária de afluência de doentes às urgências andava nos 330 e em 2009, acorriam às urgências da cidade 360 doentes. O novo hospital estará pronto em Abril de 2013 e vai servir mais de 200 mil utentes dos concelhos de Vila Franca de Xira, Arruda dos Vinhos, Azambuja e Alenquer (distrito de Lisboa) e Benavente (distrito de Santarém).Director clínico sente-se motivadoCom o aproximar do Inverno vêm as gripes e prevê-se que o número de pessoas que entram nas urgências aumente substancialmente, sublinha Carlos Rabaçal, que começou a trabalhar no Hospital de Vila Franca de Xira em 1981 e que nos últimos dois anos estava no hospital Amadora-Sintra voltando agora a Vila Franca para dirigir a transição do velho para o novo hospital. “Estou motivado e sente-se que as pessoas estão com muita expectativa para o que aí vem”, confessa. Sobre algumas queixas que têm vindo a público sobre médicos a adormecerem nas urgências do hospital o responsável clínico diz desconhecer o assunto. “Não conheço essas situações. Com certeza podem já ter acontecido mas eu nunca vi”, garante.
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