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Pavilhão desportivo de 500 mil euros só tem servido para o baile anual

Equipamento em Cachoeiras não tem medidas exigidas para a prática do desporto

O presidente da Junta de Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, diz que teria sido melhor utilizar o dinheiro da construção do pavilhão no arranjo de estradas.

O pavilhão desportivo de Cachoeiras, concelho de Vila Franca de Xira, inaugurado há quatro anos e meio, raramente é utilizado pela população. O equipamento custou meio milhão de euros, não tem as medidas regulamentares para a prática desportiva e o principal evento que se realiza no espaço é o baile anual do 25 de Abril, conforme confidencia o presidente da junta de freguesia, José Inácio Vale. A energia eléctrica ainda é fornecida ao pavilhão através do quadro provisório utilizado durante a sua construção. José Inácio Vale diz que tem um funcionário destacado para o pavilhão para fazer as limpezas e vigiar o espaço. “É uma pena não ter mais actividades”, lamenta o presidente da freguesia onde habitam 772 pessoas. “Preferia que o dinheiro tivesse sido usado para requalificar as estradas da freguesia”, realça o autarca em declarações a O MIRANTE. No último ano o pavilhão ainda chegou a ser usado para algumas dezenas de crianças das Cachoeiras e Calhandriz terem actividades de enriquecimento curricular (AEC) durante a semana. Mas com o fecho da escola do primeiro ciclo de Cachoeiras já nem os alunos vão usar o espaço. “Não há procura suficiente que justifique a existência do pavilhão e este é um assunto do qual vamos ter de continuar a falar”, disse o vereador da Educação da Câmara de Vila Franca, Fernando Paulo Ferreira (PS), numa das últimas reuniões públicas do executivo.No concelho de Vila Franca, com uma população de 136510 habitantes existem sete pavilhões desportivos municipais. O de Cachoeiras é o pior em termos de utilização, mas há outros que atendendo ao numero de habitantes ficam aquém do desejado. É o caso do pavilhão municipal de Alverca, inaugurado em Junho de 1990, custou perto de 600 mil euros, serve uma cidade de 28 mil habitantes mas no último ano foi utilizado cerca de mil horas. O equipamento custa anualmente em manutenção cerca de 30 mil euros. Outro pavilhão, com as mesmas condições no Forte da Casa, inaugurado em 1991, serve menos habitantes (10979), e esteve ocupado com actividades durante 6943 horas em 2010. É um dos pavilhões mais frequentados do concelho.Actualmente, segundo a câmara municipal, trabalham dez pessoas nos pavilhões municipais. Os três pavilhões que estão a ser geridos pela câmara - Alverca, Vialonga e Forte da Casa - custam por ano 114 mil euros em manutenção e despesas de funcionamento. Os pavilhões de Castanheira do Ribatejo e Arcena são geridos pelo clube da freguesia e pela casa do povo. Sobralinho e Cachoeiras estão a ser geridos pelas juntas de freguesia, que recebem apoios municipais para suportar parte das despesas de funcionamento daquelas estruturas.

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