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Professores e pais não se entendem com a câmara quanto às obras na escola de Vialonga

Professores e pais não se entendem com a câmara quanto às obras na escola de Vialonga

Manifestação juntou mais de 400 pessoas que exigem novas instalações enquanto a câmara municipal defende obras no telhado e reforço do quadro eléctrico

A Câmara de Vila Franca de Xira defende uma intervenção urgente na Escola de Vialonga para reparar o telhado e o quadro eléctrico. Mas a solução não agrada aos professores e aos pais, que exigem que a escola, à semelhança de outras no concelho, seja integralmente requalificada como estava previsto.

A Câmara de Vila Franca de Xira e os pais e professores da escola básica dos segundos e terceiros ciclos de Vialonga não se entendem sobre o tipo de obra que deverá ser feita na escola, onde chove dentro das salas e onde o quadro eléctrico não tem capacidade suficiente. A câmara defende uma intervenção “urgente” nas áreas mais cruciais, como o telhado e a instalação eléctrica. Mas os professores e os pais estão contra, exigindo que a escola seja integralmente requalificada tal como estava previsto. Pais e professores argumentam que não é só o facto de chover dentro de algumas salas que incomoda. “Estamos perante uma escola construída para 600 alunos mas que tem hoje 1200, muito apertados, sem condições nenhumas. A escola está em completa ruptura e se nada for feito em breve a situação será insustentável”, lamenta a O MIRANTE o presidente da associação de pais, José Luís Vieira. O estabelecimento de ensino deveria ter sido requalificado pela empresa pública Parque Escolar mas o novo governo decidiu lançar uma auditoria às contas da empresa e todos os projectos ficaram suspensos, incluindo a escola de Vialonga. “Temos o mesmo direito que qualquer outra escola no concelho e no país. Merecemos uma escola digna, não com obras de remediação e que não resolvem os problemas de fundo mas sim com uma beneficiação e requalificação completa que assegure aos professores, alunos e funcionários um espaço com condições para trabalharem”, afirmou Armandina Soares, presidente do agrupamento de escolas.Também José Luís Vieira defende uma escola nova. “Fazer obras apenas para tapar os buracos é adiar a solução do problema”, lamenta. O presidente da junta de freguesia de Vialonga, José António Gomes (CDU), partilha da opinião. “A escola pública de qualidade deve ser defendida e Vialonga merece uma escola requalificada tal como os outros investimentos que foram feitos nos equipamentos escolares do concelho”, disse.A presidente da Câmara de Vila Franca, Maria da Luz Rosinha (PS), defendeu que as obras devem ser feitas “imediatamente” mas apenas nas áreas mais urgentes. “A escola necessita de uma intervenção que já tarda há muito tempo. A câmara está ao lado do conselho geral, dos pais e dos alunos. As obras que são urgentes têm de ser feitas já. O alargamento da escola terá de ser discutido e terá de ser obtido um compromisso do Governo para essa obra. É necessário reparar a parte eléctrica e o telhado e para isso podem contar connosco”, afirmou a autarca.Na manhã de sábado, 19 de Novembro, mais de 400 pessoas juntaram-se em protesto em frente à escola para reclamarem o início rápido das obras. Além dos alunos estiveram presentes os pais, professores e dirigentes associativos da freguesia. “Quando começar a chover outra vez vamos todos para casa e isso é muito mau porque queremos ter aulas, não queremos estar em casa”, lamenta Tatiana, aluna da escola a O MIRANTE. Quando chove as aulas são dadas na biblioteca e na sala de convívio do estabelecimento de ensino. Depois da concentração os manifestantes marcharam pela vila em protesto.
Professores e pais não se entendem com a câmara quanto às obras na escola de Vialonga

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