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Cerci de Azambuja avança com construção de novo edifício de um milhão de euros

Direcção da instituição quer ter residência para deficientes e centro de actividades prontos em 2013

O novo edifício, de dois pisos, vai incluir uma residência para utentes e um Centro de Actividades Ocupacionais. A maior fatia do investimento vai ser suportada por fundos comunitários mas a Cerci vai despender do seu bolso perto de 300 mil euros. Carlos Neto, presidente da direcção, diz não ter receio da actual conjuntura económica.

A Cerci - Flor da Vida da Azambuja, instituição dedicada a apoiar pessoas portadoras de deficiência, prevê inaugurar no Verão de 2013 um novo edifício na Quinta da Mina. O novo espaço de dois pisos e que já está em construção, vai incluir uma residência para 12 utentes e um Centro de Actividades Ocupacionais. Representa um investimento de um milhão e 55 mil euros, suportados em grande parte por fundos comunitários. Ainda assim 300 mil euros ficarão a cargo da associação. Um montante elevado em tempos de crise económica que não assusta o presidente da direcção, Carlos Neto.“Não é um passo maior que a perna. Sabemos bem para onde vamos. Para mim um passo maior que a perna teria sido o aeroporto e o TGV. Tudo foi pensado e apesar do momento actual estamos bem de saúde financeira”, explica Carlos Neto. O dirigente garante que se o dinheiro prometido pelo Estado deixar de entrar na conta da Cerci a obra pára de imediato. “Se os fundos comunitários ficarem suspensos a meio da obra nós paramos tudo, porque não estamos preparados para a assumir na totalidade. Mas não acredito nisso”, explica. Uma gestão equilibrada e sempre à procura de alternativas de sustentabilidade é a chave do equilíbrio financeiro da Cerci de Azambuja. “Aproveitamos os nossos recursos e as parcerias que estabelecemos com a comunidade”, refere Carlos Neto. O novo edifício nasce num terreno cedido pela câmara municipal e estava em projecto desde Dezembro de 1996. A candidatura a fundos comunitários foi aprovada no último ano e as obras já estão no terreno. O novo espaço terá ginásio, tanque terapêutico, salas de fisioterapia, snoezelen (estimulação sensorial), refeitório para uma centena de utentes, cozinha, salão, sete salas polivalentes, rampas de acesso, elevadores, salas para os serviços administrativos, psicóloga, assistente social, sala de direcção entre outras. “Tudo isto são espaços que precisamos há muitos anos e não temos. A qualidade é muito importante, a residência vai ser um hotel de cinco estrelas, com casas de banho privativas e preparadas para cadeiras de rodas. Vai ser uma coisa sem luxos mas com todas as condições”, adianta Carlos Neto.Instituição teve que recorrer à bancaActualmente a Cerci da Azambuja tem 250 utentes e 60 funcionários. O empréstimo que a instituição pediu à banca para pagar a construção da residência para 12 utentes e um Centro de Actividades Ocupacionais só vai ficar pago daqui a uma década. “Quando iniciámos o projecto e quando pedimos o dinheiro ao banco foi na condição de virmos a receber o reembolso do IVA (imposto sobre o valor acrescentado). Na altura falou-se que o IVA ia deixar de ser reembolsado. Pusemos isto tudo em causa e pensámos seriamente em parar o projecto”, confessa Carlos Neto. Pouco tempo depois a Segurança Social viria a garantir que o reembolso do IVA, para projectos já assinados, iria ser uma realidade e isso permitiu ao projecto continuar a avançar. “Isto não é o diz que disse, há acordos e documentos assinados. Acho que é tudo gente de bem e não acredito que o dinheiro falte. É muito mais fácil o Governo cortar alguma verba num apoio social do que não pagar uma obra que já estava acordada. Tenho uma perspectiva optimista de que isso não poderá acontecer”, conclui Carlos Neto.

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