Quem se dirigiu a um dos três hospitais (Torres Novas, Tomar, Abrantes) do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) entre os dias 21 e 24 de Novembro, para efectuar análises ao sangue visando uma eventual dádiva futura de medula óssea deparou-se com a informação de que não havia tubos próprios para essas colheitas.Essa situação resultou do aumento significativo de potenciais dadores de medula óssea desde que o jogador profissional de futebol Carlos Martins apelou aos portugueses que ajudassem o filho, uma criança de três anos que sofre de aplasia medular e precisa de um transplante de medula. O CHMT já registou uma queixa no seu livro amarelo, que está a ser analisada pelo Gabinete do Utente.A redacção de O MIRANTE recebeu uma denúncia onde uma utente expunha que dirigindo-se ao Hospital de Tomar na manhã de 23 de Novembro, quarta-feira, para doar sangue para eventual transplante de medula óssea foi informada que não havia tubos para colheita e que voltasse na semana seguinte. A indignação da utente aumentou quando pediu uma justificação para a entregar à entidade patronal e a mesma foi-lhe negada.Confrontado com a situação, o CHMT fez saber que “efectivamente, desde que o caso do filho do jogador de futebol da selecção foi divulgado, a afluência de pessoas para fazer a análise do sangue para eventual futura doação de medula óssea aumentou exponencialmente”. Os tubos para este tipo de colheitas são específicos, sublinha, e “exclusivamente fornecidos pelo Centro de Histocompatibilidade”. Na segunda-feira, dia 21 de Novembro, o motorista do CHMT deslocou-se ao Centro de Histocompatibilidade do Sul com o objectivo de trazer tubos de colheita para o CHMT mas, infelizmente, aquela instituição não os pôde disponibilizar. Também as unidades de Torres Novas e Abrantes já tinham esgotado o stock, pelas mesmas razões. Na quarta-feira à tarde o Centro de Histocompatibilidade enviou mais tubos mas, entretanto, na manhã de quarta-feira, não era ainda possível fazer a colheita para análise”.Sobre a declaração de presença que foi negada à utente, o CHMT refere que a situação terá sido o resultado de um mal entendido, pois esta estava no seu direito. “Se for caso disso, a declaração poderá ainda ser passada à utente em questão”.O CHMT termina referindo que “uma vez que foi apresentada uma reclamação no livro amarelo do hospital, a mesma está a ser analisada pelo Gabinete do Utente e seguirá os trâmites legais a que esses procedimentos estão sujeitos”.