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Bombeiros do Entroncamento voltaram ao serviço assim que a direcção se demitiu

Bombeiros do Entroncamento voltaram ao serviço assim que a direcção se demitiu

Assembleia Geral marcada para 27 de Dezembro para definir o futuro da Associação

Desde 24 de Outubro que a corporação estava praticamente inoperacional devido à passagem ao quadro de reserva de todos os voluntários. O comandante pediu a demissão a 5 de Dezembro dia em que estava marcada uma assembleia para destituir os dirigentes que não se realizou por falta de comparência de alguns associados que a tinham pedido.

Os trinta e dois Bombeiros Voluntários do Entroncamento que dia 24 de Outubro pediram a passagem ao quadro de reserva e que por várias vezes afirmaram publicamente que não voltariam ao activo enquanto o presidente da direcção da Associação Humanitária não se demitisse, conseguiram o seu objectivo. Num comunicado emitido na manhã de terça-feira, o presidente da Assembleia Geral, Mário Olímpio Ferreira anunciou a demissão de todos os elementos dos Corpos Gerentes e a marcação de uma Assembleia Geral extraordinária “a fim de dar início ao processo de eleição dos novos órgãos sociais. No mesmo dia, pelas 21h00, os bombeiros demissionários voltaram ao activo.Em comunicado publicado nesta edição de O MIRANTE, o presidente da Assembleia lamenta a postura dos bombeiros na noite de 5 de Dezembro após ter falhado, por falta de quórum, uma assembleia geral que tinha sido pedida por uma centena de associados, entre os quais estavam os bombeiros demissionários, destinada a demitir os Corpos Gerentes. “A responsabilidade pela não destituição dos órgãos sociais só a eles (associados) pode ser pedida. Por isso mesmo não compreendo a reacção de alguns presentes. Esta instituição rege-se por regras definidas em Estatutos, as quais têm que ser cumpridas, sejam elas ou não do vosso agrado”, pode ler-se no texto de Mário Olímpio Ferreira. Recorde-se que após ter sido anunciado que a Assembleia, convocada para o Pavilhão Municipal, não se realizaria devido à não presença de, pelo menos 75% dos associados que a haviam pedido, os bombeiros demissionários ocuparam o palco para reafirmar que não voltariam ao serviço enquanto o residente da Direcção não se demitisse. Na mesma noite as portas da associação foram encerradas com correntes por elementos não identificados e foram coladas cruzes negras nas mesmas.Também através de comunicado o presidente da direcção anuncia o seu pedido de demissão afirmando que foram violados “todos os princípios da ética, do bom senso, do respeito, da disciplina e do diálogo”. Filipe Rato da Graça diz que os Bombeiros, “escolheram o seu caminho ao perderem a postura e a dignidade e de alguma forma feriram a confiança da associação que neles sempre depositou e em muito investiu, ao abandonarem a missão para a qual se candidataram, manipulados por meia dúzia de elementos apoiados por ex-dirigente e com a total passividade do seu comandante e total empenho do 2º. Comandante, tal como observado nos últimos acontecimentos públicos, extremados ao ponto de encerrarem as suas instalações a cadeado”. E acrescenta; “É certo que a associação precisa dos seus Bombeiros, razão afinal da sua existência, mas não bombeiros a qualquer preço, tendo em conta as normas e regras de respeito e de solidariedade institucional que devem ser cumpridas. O que se passou viola todos os princípios da ética, do bom censo, do respeito, da disciplina e do diálogo.Recorde-se que o comandante da corporação de Bombeiros, João Pombo, pediu a demissão dia 5 de Dezembro, após ter tido conhecimento que a direcção tinha solicitado à Autoridade Nacional para a Protecção Civil, que lhe fosse instaurado um processo disciplinar. Em causa estava o facto de não ter mantido a disciplina e de ter despachado 31 pedidos individuais de passagem ao quadro de reserva apesar de se ter apercebido que se tratava de uma situação anómala e que os motivos alegados pelos signatários dos pedidos nada tinham que ver com motivos “pessoais”, de acordo com a legislação em vigor.Ainda na terça-feira, ao final do dia, num breve texto enviado por e-mail à redacção de O MIRANTE os bombeiros pedem desculpa à população pelos transtornos causados, agradecem o apoio que receberam de cidadãos e corporações vizinhas e fazem um apelo aos associados para uma participação massiva na Assembleia Geral de dia 27.
Bombeiros do Entroncamento voltaram ao serviço assim que a direcção se demitiu

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