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Escola Superior de Tecnologia de Abrantes muda para instalações provisórias

Escola Superior de Tecnologia de Abrantes muda para instalações provisórias

Município adquiriu imóvel no centro histórico onde a ESTA vai funcionar até estar pronta a nova escola a construir de raiz.

A Câmara Municipal de Abrantes vai proceder à transferência temporária dos alunos da Escola Superior de Tecnologia (ESTA), tendo comprado para esse efeito, por 875 mil euros, um edifício de cinco pisos situado no centro histórico da cidade. Há 11 anos o prédio havia custado quatro vezes menos ao Grupo Lena. Uma decisão que motivou o voto contra dos vereadores do PSD (ver caixa).Instalados desde 1990 no edifício das antigas Finanças de Abrantes, um espaço bastante envelhecido e sem condições de conforto ou segurança, o edifício agora adquirido ao Grupo Lena vai conferir aos cerca de 600 alunos da ESTA um espaço com “melhores condições de estudo e trabalho”.A transferência está anunciada para dentro de três meses e será temporária, até que o novo edifício da ESTA, a instalar no Tecnopólo do Vale do Tejo, dentro de previsivelmente dois anos, seja uma realidade.“O investimento no novo edifício ronda os 9,5 milhões de euros e a sua concretização pode demorar cerca de dois anos, tendo em conta que o investimento a efectuar está condicionado a verbas provenientes do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)”, disse a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS).“Um prazo que não é compatível com as condições actuais a que estão sujeitos alunos, professores e auxiliares, num edifício bastante envelhecido e sem condições de conforto ou segurança”, referiu a autarca, tendo acrescentado ser também necessário “libertar” o Convento de São Domingos para avançar com a primeira fase de instalação do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte. A autarca, que assegurou que o edifício agora adquirido vai estar pronto a ser utilizado dentro de três meses e permitir acolher as salas de aulas teóricas e técnico teóricas, anunciou ainda que, “para o futuro”, aquele edifício ficará destinado a acolher um pólo de uma escola de Hotelaria e Turismo.Lançada empreitada para laboratórios de inovação industrialMaria do Céu Albuquerque anunciou ainda o lançamento da empreitada dos Laboratórios de Inovação Industrial e Empresarial, no Tecnopólo de Abrantes, a concluir dentro de seis meses com um investimento de 1,2 milhões de euros, e a formalização de um protocolo entre a ESTA e o tecido empresarial e industrial do concelho.Segundo Maria do Céu Albuquerque, o protocolo, que engloba empresas como a Tejo Energia, Mitsubishi Fuso, TRM, Bosch e Vítor Guedes, para além da Associação Empresarial Nersant, vai permitir a criação de “disciplinas à medida” e “formação especializada em contexto de trabalho”, de acordo com as necessidades das empresas e as possibilidades da ESTA. “Uma mais valia muito importante pelo que vai conferir em termos de mais exigência, mais formação e mais tecnologia às nossas empresas”, observou.“Vai ser uma melhoria incomparável atendendo às condições actuais”, acrescentou Luís Ferreira, director da ESTA, tendo ainda assegurado que o protocolo assinado entre a ESTA e as empresas da região vai trazer mais valias por permitir construir uma “relação mais íntima” entre estes parceiros.Vereadores do PSD dizem que aquisição é “um atentado aos bolsos dos contribuintes”Os vereadores do PSD Santana-Maia Leonardo e António Belém Coelho votaram contra a proposta de aquisição do prédio também conhecido como “edifício Milho”, considerando que a mesma é “incompreensível e absurda” do ponto de vista objectivo e do interesse público, constituindo “um verdadeiro atentado à inteligência e aos bolsos dos contribuintes”. Os autarcas alegam que a câmara possui no centro histórico três edifícios que serviriam para albergar a ESTA “e muito melhor localizados”, casos do actual edifício da ESTA, do edifício do Centro de Emprego e do actual Mercado Criativo. Pelo que, sustentam, o dinheiro da aquisição seria melhor empregue na recuperação desses imóveis municipais.Os autarcas da oposição contestam ainda o valor da aquisição, referindo que, em Junho de 2000, o Grupo Lena o adquiriu por 48 mil contos (hoje 224 mil euros), numa altura, recordam, em que “a especulação imobiliária estava em alta”. “Acontece que, neste momento, o mercado imobiliário não só está em queda vertiginosa como inclusive não se encontra ninguém com dinheiro para investir neste tipo de equipamentos”, acrescentam, concluindo: “Ora, em face deste circunstancialismo, a compra do edifício Milho pelo quádruplo do montante pelo qual foi adquirido pelo Grupo Lena é um péssimo negócio para a câmara”.
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