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Gritos e risos em acidente encenado no centro de Fátima

Gritos e risos em acidente encenado no centro de Fátima

Simulacro de colisão testa capacidade de resposta de seis corporações da região em caso de ocorrência de grande envergadura.

Bombeiros de Ourém, Caxarias, Minde, Batalha e Leiria participaram num simulacro de um acidente com diversas vítimas, organizado pelos Bombeiros Voluntários de Fátima, no sábado, 10 de Dezembro. Num cenário de colisão entre dois automóveis ligeiros e um autocarro, 18 viaturas dos bombeiros deram “apoio” ao socorro a 32 “vítimas”, numa iniciativa que pretendeu exercitar a corporação anfitriã e as que normalmente dão apoio à cidade religiosa na resposta a um acidente de grande envergadura num local de grande atracção turística.O exercício atraiu uma pequena multidão à rotunda sul em Fátima, concelho de Ourém, onde decorreu o simulacro. Vários alunos dos clubes de Socorrismo e de Protecção Civil do Colégio de São Miguel, em Fátima, foram as vítimas projectadas ou encarceradas dentro de um dos veículos ligeiros (o segundo foi incendiado) e de um autocarro. Fiéis aos papéis, alguns gritavam por socorro enquanto os bombeiros procediam às manobras de resgate, enquanto outros permaneceram durante cerca de uma hora no alcatrão frio, como se tivessem sido projectadas do autocarro e jazessem inconscientes na estrada. Houve quem tirasse fotos, houve tenda de campanha e agitação, mas também se ouviram risos e algum divertimento entre os jovens que participavam.O exercício começou pelas 15h00 e decorreu durante cerca de duas horas. Num cenário real, explicou o comandante dos Bombeiros de Fátima, Gaspar Reis, o resgate duraria pelo menos quatro horas. Um balanço positivo de uma iniciativa que, no seu entender, inicialmente não correu como deveria. “Se calhar não devia ter mandado tantos meios à cabeça. Se mandasse menos meios ao primeiro alarme, a situação aquando da chegada dos primeiros socorros era mais real”, explicou. O primeiro alarme trouxe ao local do acidente 12 bombeiros.O exercício tinha dois objectivos: fazer perceber ao corpo activo dos bombeiros de Fátima, uma corporação muito jovem, a dimensão de um exercício desta envergadura e fazer com que as equipas de primeira intervenção passassem pelas dificuldades de haver poucos socorristas para muitas vítimas. No local estiveram vários observadores, cuja função foi retirar informação negativa e positiva. Os elementos vão ser reunidos e analisados mais tarde, mas do que Gaspar Reis pôde apurar “o cenário em si estava excelente” e o exercício acabou por correr com disciplina e rigor. “A coordenação foi excelente, tudo correu em normalidade, com excepção de Leiria que chegou um pouco atrasado”.Num acidente real desta envergadura, as vítimas seriam depois encaminhadas para os hospitais de Tomar, Torres Novas e Leiria e poderia haver eventualmente o apoio de um helicóptero. Foi o primeiro exercício do género em Fátima e prevê-se a realização de outros semelhantes.Gaspar Reis adiantou ainda o seu interesse em criar um Plano Prévio de Intervenção para a área de actuação de Fátima, de modo a prevenir eventuais situações como a encenada no sábado.
Gritos e risos em acidente encenado no centro de Fátima

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