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Desporto, cultura e solidariedade de mãos dadas em Cem Soldos

Objectivos da nova direcção do SCOCS vão muito para além do desenvolvimento desportivo e cultural, a aposta mais forte vai para a criação de valências de apoio a idosos

O Sport Club Operário de Cem Soldos (SCOCS) foi criado há trinta anos para aglutinar a população da aldeia que lhe dá o nome, proporcionando-lhe a possibilidade de praticar desporto e cultura. O clube cresceu e já de alguns anos a esta parte, movimenta mais de duas centenas de pessoas nas duas áreas e prepara-se para outro desafio, o do desenvolvimento de projectos de acção social principalmente para a população mais idosa.

“O desenvolvimento do desporto será sempre um dos nossos principais objectivos. Mas não deixaremos para trás a cultura. E agora vamos avançar com três projectos especiais que visam o desenvolvimento local nas áreas da requalificação urbana, apoio à terceira idade e criação de espaço para as actividades do clube”, disse logo ao iniciar a conversa com O MIRANTE o novo presidente da direcção do SCOCS Luís Ferreira.Efectivamente o SCOCS que a nível desportivo se destaca principalmente no judo e no cicloturismo, tem na organização do já famoso Festival de Música Bons Sons a sua máxima força, organizativa e em grande parte a sua forte fonte de receita para levar a efeito uma obra de grande valor social.No dia 11 de Dezembro, cerca de uma centena de sócios e amigos juntaram-se num almoço comemorativo do trigésimo aniversário do clube, e aí a direcção da colectividade deu a conhecer os novos projectos que tem em carteira, e fez a primeira abordagem ao Festival Bons Sons’2012. Segundo o presidente da direcção os objectivos definidos para a 2012 são: Aumento e diversificação da programação, passando a contar com mais um dia de festival perfazendo quatro dias no total; Duplicar o número de concertos para cerca de 40, contando para tal com mais um palco de programação; Afirmação internacional do festival através de uma forte aposta na divulgação além fronteiras; Melhoria das condições de recepção aos visitantes principalmente nos serviços de restauração e na área de campismo; Diminuição do impacto ecológico do festival, através da criação de uma caneca de alumínio para as bebidas, maior oferta de ecopontos no recinto e recolha periódica de lixo no decorrer do evento.“Para além disso foram consideradas como parcerias estratégicas, para esta edição, as criadas com a plataforma Música Portuguesa a Gostar Dela Própria e com a Mapamundi Música, e Espanha será o país convidado, com representação ao nível da programação musical”, referiu Luís Ferreira.Mas a comemoração do 30º aniversário do SCOCS foi marcada também pela mudança da imagem institucional da associação para transmitir o ponto de encontro, o projecto e a força que reflectem a sua identidade. A mesma associação que criou o festival confirmou a sua dedicação a Cem Soldos através da proposta de três projectos especiais definidos para o desenvolvimento local: A requalificação urbana do centro da aldeia - Projecto Ao Largo _ que já tem projecto e que vai ser desenvolvido em conjunto com a Câmara Municipal de Tomar. Construção de uma unidade multifuncional de apoio para a protecção civil, para actividades do SCOCS e para residências artísticas - Casa Aqui Ao Lado _. “O espaço já foi comprado é uma casa que fica aqui no centro da aldeia, que vai ser transformada de maneira a receber várias actividades do SCOCS, da protecção civil e residências artísticas”, disse Luís Ferreira.Mas o grande projecto de âmbito social, é o projecto _ Lar da Aldeia - que passa pela construção de um lar para idosos diferente do habitual. “Não vamos construir um grande casarão para despejar os idosos, vamos adquirir e restaurar as casas devolutas da aldeia, para a criação de um conjunto de serviços integrados de habitação assistida e de apoio à população idosa integrado na malha urbana de Cem Soldos. Vamos começar com 10 casas e a criação do serviço de apoio domiciliário. Estamos já a elaborar a candidatura aos fundos comunitários e contamos com o apoio de outras entidades”, referiu Luís Ferreira.O judo é o rosto desportivo do SCOCSO SCOCS é forte na cultura e noutras acções, na parte desportiva o destaque vai para o judo, uma modalidade onde o clube consegue ombrear com os melhores, principalmente ao nível das camadas de formação.Ainda recentemente, Secção de Judo obteve uma prestação brilhante no último torneio do ano de 2011, o Torneio Open de Coimbra, que foi realizado na localidade de Góis. E onde o clube participou com os atletas Mário Samouco e João Pereira no escalão de Juniores, Catarina Aleixo, Alexandre Constantino e Francisco Gonçalves no escalão de Juvenis.No escalão de juniores, ambos os atletas competiram na categoria de peso de -90kg, onde Mário Samouco se classificou no 1º lugar do pódio, enquanto João Pereira subiu ao 2º lugar. No escalão de Juvenis, Catarina Aleixo e Francisco Gonçalves não deram hipóteses à concorrência vencendo todos os seus combates pela vantagem máxima, arrebatando assim o 1º lugar das suas categorias de peso. Ainda no mesmo escalão Alexandre Constantino classificou-se em terceiro lugar, fechando o lote de participantes do SCOCS, neste torneio.Filipe Lopes é o responsável pela secção de judo há onze anos e garante que a modalidade tem tido um crescente constante no clube. “Temos crescido em todas as vertentes, no número de atletas, quer no espaço de treinos, quer nos núcleos que temos em alguns colégios, de onde tem vindo a base de atletas que representam o SCOCS”, garantiu.A maneira de trabalhar dos responsáveis do judo do SCOCS é importante para o desenvolvimento da modalidade, levou o centro de treinos para o Complexo Desportivo Municipal de Tomar, “o que tem sido uma mais valia”, publicita a modalidade na cidade, e vão às escolas trabalhar com os jovens. “Trabalhamos com método, temos três classes, uma de formação entre os cinco e os dez anos, uma turma intermédia, que é uma antecâmara de competição e depois temos sim a turma de competição que tem outros objectivos que as outras ainda não têm”, disse Filipe Lopes.“Hoje mostrámos aos sócios que 2011 foi um ano de crescimentos em números demográficos não se registaram grandes resultados, foi um ano para ganhar experiência. Mas mostrámos também que no segundo semestre já com outra maturidade, começamos a ter resultados de grande nível, quer a nível nacional quer internacional”, referiu o técnico.

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