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Lar dos Ferroviários do Entroncamento já tem certificação de qualidade

Lar dos Ferroviários do Entroncamento já tem certificação de qualidade

O objectivo é a satisfação máxima dos utilizadores em todas as valências

Direcção da Associação dos Lares Ferroviários quer aumentar o número de associados e a hipótese de admissão de trabalhadores e familiares das empresas ferroviárias privadas e do metropolitano está a ser equacionada. Garantir salários dos colaboradores é ponto de honra.

O lar dos Ferroviários do Entroncamento, propriedade da Associação dos Lares Ferroviários (de âmbito nacional) obteve no final de Novembro a Certificação da Gestão da Qualidade em todas as suas valências. Foi o culminar de um processo iniciado há dois anos, visando, a melhoria da eficácia e eficiência com vista à satisfação dos utilizadores e que constitui simultaneamente um sinal positivo dirigido à sociedade. Casimiro Sousa, Presidente da Direcção da Associação, diz que o Lar do Entroncamento, o único da Associação até ao momento, sempre respeitou as normas de qualidade, nomeadamente as que eram indicadas pela Segurança Social mas que a partir de certa altura foi sentida a necessidade de aumentar a eficácia. “Há vinte anos quando o lar foi inaugurado as exigências e normas eram outras. Os primeiros passos foi consultar um consultor externo para nos ajudar a implementar todo o sistema. Tínhamos algumas práticas que estavam inspiradas no Modelo da Segurança Social mas para nós isso não era suficiente. Ao longo de um ano fomos implementando alguns novos procedimentos, corrigindo e eliminando outros. Em Março fizemos uma auditoria interna, rectificámos o que havia a rectificar e a 26 e 27 de Novembro foi feita a auditoria para a certificação”.Maria do Céu Freire, a directora do Lar e responsável pela qualidade corrobora aquelas declarações. “Já fazíamos no essencial o que estamos a fazer agora. Só não tínhamos registada a descrição dessas práticas. Não havia instruções de serviço. As pessoas passaram a fazer como está descrito e passámos a registar o que fazemos porque também não havia evidência do que estava a ser feito. Agora há que continuar. Este é um processo de melhoria contínua”.A direcção da Associação admite que a certificação de qualidade possa vir a ser importante em futuras negociações de comparticipações a conceder pela Segurança Social, até porque aquela entidade é extremamente exigente a esse nível embora nem sempre consiga fiscalizar o cumprimento do que está regulamentado. “Há coisas que ultrapassam aquilo que está nas normas internacionais como as do ISO 9001:2008 que serviu de base à nossa certificação. Ainda há pouco tempo o Secretário de Estado da Segurança Social reconheceu que se exige mais para uma Instituição Particular de Segurança Social do que para um hotel de cinco estrelas e prometeu fazer alguns ajustamentos”, refere Casimiro Sousa. O Lar dos Ferroviários do Entroncamento tem 83 pessoas na valência de internamento, 20 a frequentar o centro de dia e presta apoio domiciliário a cinquenta e duas. Tem ao seu serviço sessenta funcionários. A lista de espera para internamento é a maior. Cerca de trezentas inscrições, entre casais, homens e senhoras, embora haja pessoas inscritas nas listas individuais e na lista de casais. O apoio domiciliário poderia aumentar e o lar já dispõe de duas carrinhas adaptadas mas seriam necessárias obras de ampliação da cozinha para aumento da produção de refeições e não será fácil realizá-las nos tempos mais próximos.O vice-presidente Carlos Marques, que participou na conversa com O MIRANTE fez questão de chamar a atenção para o facto de muitas pessoas inscritas acabarem por desistir na altura em que têm vaga por não terem capacidade de cumprir os contratos que são propostos e que já incluem a comparticipação da Segurança Social. São pessoas que recebem reformas de miséria e muitas vezes também não podem contar com a ajuda dos familiares mais próximos”, conta.A captação de receitas é cada vez mais importante e uma das prioridades da direcção a par da contenção de custos. O aumento do número de associados é um dos caminhos e está a ser ponderada a abertura de inscrições a trabalhadores das empresas ferroviárias privadas e do metropolitano, tanto de Lisboa como do Porto. “Apesar da quota ser de apenas 2,5 euros, sem o apoio dos sócios era impossível ter a situação financeira equilibrada apesar de todos os sacrifícios e da renegociação de contratos com prestadores de serviços e fornecedores. E temos outra lacuna, as empresas que nos têm dado apoio cada vez dão menos”, explica aquele dirigente.
Lar dos Ferroviários do Entroncamento já tem certificação de qualidade

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