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Assembleia municipal aprova Orçamento de 2012 da Câmara de Coruche

Atingindo um total de 25,26 milhões de euros para 2012, o Orçamento da Câmara de Coruche e Grandes Opções do Plano (GOP) foram aprovados por maioria na sessão realizada sexta-feira. A CDU votou contra as propostas, aprovadas com os votos do PS e de um deputado do MIC, e abstenção de outro deputado do MIC.Os 5 por cento de redução nas transferências do Orçamento de Estado para a Câmara de Coruche são repercutidos nas transferências desta para as oito juntas de freguesia do concelho. A câmara espera arrecadar menos 435 mil euros por essa via e uma baixa generalizada dos impostos municipais, exceptuando IMI e IMT, que devem manter o nível de receita de 2011. Segundo o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), é um orçamento de contenção das despesas correntes e das obrigações, com redução de custos alargada aos gastos com consumíveis de informática, telecomunicações, gás, gasóleo e viaturas, a par de descida de 20 por cento nos apoios anuais às colectividades. “Só com a alteração do IVA a factura da EDP cresce 97 mil euros, mesmo com o plano de eficiência energética em andamento”, exemplificou o autarca. Garantiu que vão ser reforçadas as rubricas da Melhoria do Conforto Habitacional, do programa Casas com Gente e prevê o apoio a dois projectos sociais: a requalificação das instalações do Centro de Reabilitação e Integração de Coruche (CRIC) e de apoio à construção do Lar da Lamarosa. A dúvida do município à banca é de 5,1 milhões de euros, tendo descido 600 mil euros no último ano e Dionísio Mendes revelou que há visto prévio do Tribunal de Contas para aquisição de terreno para expansão industrial, no valor de 624 mil euros, já contratado com a CGD.Para a CDU o Orçamento para 2012 e as GOP não estão à altura da dureza que se prevê para o próximo ano, face à prevista recessão, aumento do desemprego e dos impostos, bem como cortes sociais e redução de salários. “Não estão à altura do próximo ano e das medidas que seriam necessárias para a câmara poder atenuar a dureza destas medidas sobre muitas pessoas do concelho”, referiu Armando Rodrigues.Para o deputado comunista é ainda relevante que a câmara não tenha construído qualquer habitação social em dez anos de poder socialista e que o concelho esteja a ficar abaixo de municípios limítrofes em vários indicadores económicos. Afirmou ainda que é excessivo dar 80 mil euros para as Festas de Coruche, quando não deveria ser mais de 50 mil, ou 90 mil euros para a Ficor que podia baixar para 70 mil euros.Dionísio Mendes respondeu que a verba para a Ficor é o orçamento global, que inclui o apoio da câmara e de outros parceiros da feira, e lembrou também que o subsídio para a Comissão das Festas de Coruche baixa 20 mil euros em dois anos.Os mesmos protagonistas trocaram ainda acusações a propósito do pagamento de horas extraordinárias. Dionísio Mendes lembrou os 250 mil euros pagos nessa rubrica em 2001, em mandato CDU, face aos 100 mil actuais. Armando Rodrigues ripostou, lembrando que em vez de dinheiro os trabalhadores estão a ser pagos com horas para gozar e acusou o edil de receber milhares de euros em ajudas de custo por deslocações efectuadas.

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