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Nova administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo quer cortar nos custos e concentrar serviços

Nova administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo quer cortar nos custos e concentrar serviços

Conselho de administração empossado na semana passada quer transformar as três unidades numa só mas “mais forte, pujante e criativa”, deixando adivinhar mudanças nas urgências hospitalares.

Garantir e melhorar a prestação de cuidados de saúde aos utentes sem descurar a sustentabilidade económico-financeira da instituição é “a grande missão” do novo conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), que tomou posse a 14 de Dezembro. Joaquim Nabais Esperancinha, que já tinha passado por esta experiência entre 2002 e 2005, regressa à presidência da administração reconhecendo que é necessário implementar “medidas urgentes de racionalização de toda a estrutura” para evitar a duplicação de serviços e o desperdício de recursos. Integram ainda o novo conselho de administração deste centro hospitalar Paulo Vasco (Director Clínico), Nelson Paulo da Silva (Enfermeiro-Director), António José Horta Lérias (Vogal Executivo) e João Pedro Gil Lourenço (Vogal Executivo).Para o novo presidente do conselho de administração do CHMT, há que transformar as actuais três unidades hospitalares, “debilitadas, deficitárias, de costas voltadas e, por vezes, em concorrência estéril” numa só “mas forte, pujante e criativa”. Está em marcha um plano de “racionalização de toda a estrutura do centro hospitalar” que envolve a concentração de serviços e especialidades, actualmente repartidas pelas três unidades, em apenas um hospital. O que, por outras palavras, vai levar a que encerrem serviços nessas mesmas unidades. “Tudo farei para estar à altura deste desafio, que considero ser de complexidade invulgar num momento em que as condições do país também são críticas”, disse perante um auditório do Hospital Rainha Santa Isabel, em Torres Novas, lotado de médicos, funcionários, autarcas e outros convidados. “Qualidade, rigor, motivação e empenho de todos os profissionais são os trunfos para o sucesso”, disse. Joaquim Esperancinha apelou a todos os funcionários para que “ajudem a criar elevados níveis de qualidade e excelência, anulando desperdícios”, de modo a colocar o centro hospitalar de novo no bom caminho. Presente na sessão, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse esperar isso mesmo da nova administração: “um plano de reorganização e racionalização, que deverá passar pela centralização de serviços que se repartem pelos três hospitais que o constituem”. O governante, que esteve reunido com a actual administração antes da cerimónia, frisou os gastos inerentes a esta dispersão, recordando directamente os 60 milhões de euros de dívida acumulada neste centro hospitalar. “Não há nenhuma actividade que consiga subsistir desta maneira”, advertiu Paulo Macedo que mostrou sempre um semblante sério. Paulo Macedo foi claro ao afirmar que a administração liderada por Joaquim Nabais Esperancinha deverá ainda mexer na organização dos três serviços de urgência, actualmente existentes em Torres Novas, Tomar e Abrantes. “Outras sinergias serão obrigatórias, de modo a impedir redundâncias, duplicações ou excessos, que são desperdícios a combater”, afirmou o governante, sublinhando ainda a necessidade de articulação dos cuidados hospitalares com os cuidados primários da sua área de influência. Antes de terminar de discursar, o ministro prometeu, a convite de Esperancinha, voltar para uma visita mais detalhada aos três hospitais que integram este centro hospitalar.
Nova administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo quer cortar nos custos e concentrar serviços

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