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Nova direcção do Centro de Integração e Reabilitação de Tomar apostada em “salvar” a instituição da ruína

Eleições extraordinárias colocam um ponto final a onda de contestação dos associados à anterior direcção, liderada por António Cruz.

Maria Fernanda Marçal, 55 anos, professora aposentada, é a nova presidente da direcção do Centro de Integração e Reabilitação de Tomar (CIRE), instituição de apoio a crianças e adultos portadores de deficiência fundada há 35 anos. As eleições decorreram a 22 de Dezembro, tendo a única lista concorrente recolhido 114 votos a favor, 16 brancos e um nulo. Maria Fernanda Marçal sucede no cargo a António Cruz, que se demitiu de funções e de associado a 6 de Dezembro, deixando um vazio directivo (uma vez que não podia ser substituído) menos de um ano após ter assumido o cargo.“Encaro esta missão com um espírito de desafio. Porque é realmente um desafio às nossas capacidades e esforço voltar a erguer esta instituição” disse Maria Fernanda Marçal, após a tomada de posse da nova direcção. A nova presidente do CIRE, que trabalhou na instituição durante 30 anos, diz que “nunca despiu a camisola” e que foi “a vontade de salvar o CIRE” que a levou a candidatar-se. A actual direcção é ainda constituída pelo secretário José Lagarto, ex-presidente da Sociedade VilaNovense (Vila Nova-Paialvo), e pela tesoureira Fátima Antunes, professora na Escola 2/3 Santa Iria. Como suplentes estão Alda Canário, Maria Noémia Oliveira e Manuel Patrício.A gestão de António Cruz foi fortemente criticada pelos associados, receando estes que a mesma poderia levar a instituição à ruína financeira. Como tal, após terem sido colocadas a circular algumas cartas anónimas, um grupo de associados decidiu convocar uma assembleia extraordinária para destituir a direcção, o que não veio a acontecer na sequência dos pedidos de demissão apresentados pelo presidente, secretário e tesoureiro. Face ao vazio directivo foram convocadas novas eleições, à qual concorreu uma única lista. Na noite de quinta-feira, a nova direcção foi recebida com aplausos por dezenas de sócios e funcionários da instituição, que se reuniram num convívio natalício, pelas 20h30, após o acto eleitoral. Maria Fernanda Marçal referia que não sabia muito bem por onde começar o trabalho. “O que eu sei é que não se pode deixar afundar uma instituição destas. Há muitos utentes que estão implicados e que merecem o nosso carinho e dedicação”, disse a O MIRANTE. “Foi quase trinta anos a minha segunda casa, tal como a da Fátima (tesoureira). O José Lagarto está a chegar mas penso que vai vestir a camisola como nós”, atestou a nova presidente da Direcção do CIRE, revelando que após ter sido professora na instituição ali continuou a trabalhar como voluntária.A nova presidente do Centro de Integração refere que a direcção tem agora que se sentar à mesa para definir objectivos imediatos. “Nem sequer sabemos muito bem como as coisas estão neste momento. Antes de cancelarmos projectos da anterior direcção temos que os avaliar. Tudo o que for favorável ao CIRE é para continuar. Não estamos cá para prejudicar ninguém. Estamos cá para salvar o CIRE”, assegurou Fernanda Marçal.

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