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Milhares de prédios em risco de ruírem

Imaginem que receberam de herança um prédio que está degradado. Só o prédio. Nada de dinheiro para o recuperar. Como não têm dinheiro para mandar fazer as devidas reparações, a primeira ideia que surge é a venda a alguém, nomeadamente alguém que esteja ligado à construção civil. Alguém que compre para recuperar ou para demolir e construir um novo prédio aproveitando a localização do velho que é óptima.Quem compra oferece pouco e vocês deixam andar. Outra melhor oferta há-de chegar, pensam. Vem a crise do imobiliário e ou não surgem ofertas, o que é o mais provável. Ou as ofertas que surgem ainda são inferiores àquela que recusaram. A degradação do prédio/herança vai-se acentuando, assim como a vossa penúria financeira, fruto do esmifranço que o Governo está a fazer a quem trabalha.O tempo passa, a câmara manda-vos uma carta a impor a demolição. Mas aquilo custa os olhos da cara e ainda por cima o terreno não vai servir para nada. Não tem dimensão para fazer nada de novo ou fica num local onde ninguém quer construir. A câmara municipal pode mandar demolir mas não tem dinheiro ou se tem sabe que vocês nunca lhe irão pagar as despesas. Pelo menos “às boas”. Passa o tempo e catrapus, o prédio cai em cima de alguém. Há um julgamento e vocês vão para a prisão e ainda ficam sem a vossa própria casa porque não têm dinheiro para pagar a indemnização à vítima ou à família da vítima. De futuro quando ouvirem falar de heranças lembrem-se de mil e uma histórias destas que por aí há.Jovino M. Serpa

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