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Subsídios em atraso e falta de condições em jogos fora levaram a protesto de plantel do Sport Lisboa e Cartaxo

Vereador Pedro Gil diz que vão conversar e dirigente apela a que câmara assuma responsabilidades

Plantel entrou com 25 minutos de atraso para jogo da III Divisão, realizado domingo em casa com o Massamá. Situação levou vereador da câmara, Pedro Gil, a reunir-se com os jogadores no balneário, que saíram para o encontro quase às 15h30.

Não foram dadas garantias concretas mas o plantel do Sport Lisboa e Cartaxo pôde desabafar acerca dos problemas de quatro meses de subsídios de apoio à deslocação para treino (o chamado subsídio para o gasóleo) que vem afectando jogadores, técnicos e departamento médico com a ameaça de domingo puderem não comparecer ao jogo da III Divisão como Real Massamá, no estádio municipal do Cartaxo.Foram 25 minutos de incerteza até que jogadores, técnicos e massagistas saíram para o túnel onde há muito os jogadores do Massamá tinham aquecido e onde os esperava o trio de arbitragem, após conversa no balneário com o vereador da câmara, Pedro Gil.Tanto jogadores como autarca dizem que não foram dadas garantias, como exigiu o plantel, soluções ou desenvolvimentos do assunto. Nuno Casimiro e Mário Ruas, capitão e sub-capitão, falaram em nome do grupo. Disseram que algo tinha de ser feito para que lhes fossem dadas satisfações e ficaram a saber que a direcção do clube e a câmara vão reunir durante a semana. “Vimos as regras da Federação e nos últimos três jogos o clube seria desclassificado e relegado para II Divisão Distrital se fizéssemos falta de comparência. Os associados, o clube e nós não merecíamos isso. Já aconteceu ficarmos a pé nas portagens do Carregado e no jogo em Oeiras nem uma sandes no final do jogo tínhamos para comer. Os vencimentos também são importantes, é o nosso esforço, suor e dedicação que estão aqui investidos sem sermos compensados”, comentou Nuno Casimiro.Para Mário Ruas foi também importante ter uma palavra de quem lida com o plantel. “Com esta iniciativa conseguimos ouvir quem manda dizer que está connosco e que vai tentar resolver o nosso problema. Viram que estamos vivos e começaram a olhar para nós como há muito não faziam”, concluiu.Vereador diz que vão conversar, dirigente apela a que câmara assuma responsabilidadesInformado da situação, Pedro Gil deslocou-se ao estádio para se inteirar do problema. Diz que aconselhou calma ao plantel, para não se prejudicar com decisões precipitadas mas não avançou com garantias concretas, como o pagamento de alguma verba respeitante a protocolos a celebrar em 2012. “Apelei ao bom senso e ao encontrar de soluções para resolver os problemas que temos, não dei nenhuma garantia concreta”, afirmou à comunicação social.A Câmara do Cartaxo está em dia com o clube no apoio que faz aos escalões de formação mas só em em Dezembro de 2011 comunicou que não tinha condições financeiras para fazer cumprir o protocolo nesse ano. O ex-presidente do SLC e membro de uma comissão de gestão de cinco elementos, Frederico Guedes, diz que a autarquia tem de assumir a sua quota-parte de responsabilidades, lembrando que o clube aguentou todo o ano de 2011 sem qualquer apoio camarário em forma de subsídio. “Contando com o dinheiro do protocolo de 2011, prometido na ordem dos 20 mil a 25 mil euros, nunca nos foi dito que não seria pago, era sempre no mês seguinte. Tenho dezenas de mensagens telefónicas e de e-mails do anterior presidente da câmara (Paulo Caldas) a confirma-lo. Contactamos mais de uma centena de empresas do Cartaxo, Santarém e Azambuja e temos conseguido manter o barco à tona de água, não há aqui subsidiodependência”, explanava Frederico Guedes, admitindo que dez mil euros bastam para sanar o problema com o plantel.Quanto a partida, os jogadores esforçaram-se e cerraram fileiras mas acabaram por perder por 1-2, num encontro onde foram assinaladas três grandes penalidades, uma das quais convertida por Bexiga para a equipa da casa, que terminou o encontro com nove jogadores.O plantel fica à espera de um sinal positivo no decorrer da semana. O próximo jogo é com o Elvas, fora de casa, e caso a situação dos subsidios não evolua o plantel promete reunir e analisar nova medida.

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