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Associação Humanitária de Foros de Salvaterra com salários em atraso por causa das dívidas do Estado

Entidade que presta serviços de transporte de doentes tem 70 mil euros a receber
A Associação Humanitária de Foros de Salvaterra (AHFS), concelho de Salvaterra de Magos, vive dias difíceis. A associação, que presta serviços de transporte de doentes, tem cerca de 70 mil euros para receber, dos quais 28 mil euros são do Hospital Distrital de Santarém (HDS). Na sexta-feira, 2 de Março, os Bombeiros Voluntários de Pernes (concelho de Santarém) _ que gerem os serviços com o HDS _ transferiram cerca de cinco mil euros para a AHFS, o que permitiu pagar algumas dívidas que já se prolongavam.A associação tinha dois meses de salário em atraso aos seus quatro funcionários, mas com esta injecção de dinheiro foi possível pagar um mês de ordenados. Fica a faltar pagar o mês de Fevereiro e o subsídio de Natal. O dinheiro que receberam também vai permitir pagar parte da dívida que têm no posto de combustível de Foros de Salvaterra. “Abastecíamos a crédito mas como já não conseguíamos pagar há três meses cortaram-nos o gasóleo. Tínhamos que abastecer, consoante as necessidades, noutras bombas de gasolina”, explica Mário Silva, presidente da direcção.A falta de dinheiro levou a que também os telemóveis e a internet da associação fossem cortados. Mário Silva explica que têm tido muitos serviços para fazer, sobretudo serviços de transporte, que são pagos pela Segurança Social. “O problema é que a Segurança Social não tem pago e por isso estamos com dificuldades financeiras. Temos facturas de Dezembro de 2010 para receber”, afirma. O presidente da direcção explica que sempre viveram com dificuldades mas que sempre conseguiram equilibrar as contas. Na sua opinião, o grande problema tem sido o aumento das despesas. “O custo de vida aumentou muito, logo as despesas são maiores. O preço do gasóleo, por exemplo, duplicou. É tudo a dobrar e sem recebermos o que nos devem é difícil não andar com a corda ao pescoço”, critica.Mário Silva garante, no entanto, que a associação não vai fechar portas. As dificuldades vão continuar mas acreditam que vão conseguir dar a volta por cima todos os meses. A sua maior preocupação é conseguir dinheiro para o gasóleo de modo a que as ambulâncias possam circular e pagar os ordenados aos funcionários. “As pessoas têm as suas contas para pagar e não quero que lhes falte o dinheiro”, conclui.

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