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Teresa Tapadas apresentou novo álbum em Lisboa

Desde 2004 que a fadista de Riachos não gravava um disco em nome próprio
A fadista ribatejana Teresa Tapadas apresentou na segunda-feira em Lisboa, no Palácio Foz, o novo álbum, “Traços de fado”, em que se estreou como autora, assinando duas das onze letras que interpreta.Em declarações à Lusa, a fadista afirmou que decidiu escrever por não encontrar poemas que expressassem o que pretendia dizer. “Foi uma ousadia, mas aconteceu de forma natural, tal como comecei a cantar fado e me profissionalizei, eu queria cantar certas coisas e não encontrava os poemas que as expressassem, comecei a escrever”, disse. Teresa Tapadas assina “Momentos de ternura” e “O que sentes eu sinto”. “É uma poesia à flor da pele, quando nos pomos ao papel revelamos uma parte que não gostamos tanto de revelar no dia-a-dia, uma parte mais emotiva”, disse.Referindo-se ao CD que inclui originais e temas escritos propositadamente para a sua voz, a fadista de Riachos afirmou que “representa todo um percurso e forma de estar no fado”.“[O álbum] está muito a minha cara e está muito ao meu jeito, mostra bastante daquilo que eu sou e tenho feito ao longo dos anos”, disse Teresa Tapadas que, desde 2004, não gravava um disco em nome próprio.Pelo meio, aconteceram os projectos colectivos como os grupos Entre Vozes e Quatro Cantos, nos quais fez parcerias com Maria Armanda, Maria da Fé ou António Pinto Basto. Com o primeiro grupo gravou dois CD e com o segundo, dois CD e dois DVD. Experiências que foi transportando e com as quais enriqueceu, tendo sublinhado que “Traços de Fado”, editado pela iPlay, “reflecte esse amadurecimento profissional e pessoal, tanto mais que já fui mãe”.“Este amadurecimento é sempre importante, e nós vamos olhando as coisas de forma diferente, o que acresce no fado que é uma canção de emoções”, argumentou.“Verde, verde campo”, de José Luís Gordo e música de Pedro Pinhal, foi composto propositadamente para a sua voz. Outros originais são “Minha Lisboa, cidade” e “Resgate”, ambos da dupla Rui Rocha e Miguel Rebelo. A fadista recupera neste álbum temas dos repertórios de Frei Hermano da Câmara, “Ave Maria”, de Carlos do Carmo, “Lisboa menina e moça”, e de Amália Rodrigues, que qualificou como uma “referência incontornável”.“Goste-se mais ou menos, Amália é uma referência”, disse Teresa Tapadas que canta do repertório desta fadista falecida em 1999, “Fado Malhoa”, “Gaivota” e “Mãos que trago”.

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