Administração do CHMT admite despedimentos se dificuldades se mantiverem
Centro Hospitalar do Médio Tejo tem um défice acumulado de 160 milhões de euros, dos quais 60 milhões são de dívidas a fornecedores.
O presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), Joaquim Esperancinha, admitiu que a reestruturação em curso daquela unidade pode culminar em despedimentos de funcionários se as dificuldades financeiras se mantiverem.“Se o conselho de administração tiver capacidade para inverter a tendência de resultados, seguramente não haverá despedimentos”, disse o presidente. Logo de seguida frisou que, “se esta situação se mantiver, nenhuma instituição pode continuar com esta trajectória de resultados”.Joaquim Esperancinha falava na comissão parlamentar de Saúde, onde esteve no dia 7 de Março a pedido do Bloco de Esquerda para discutir o plano de reorganização do CHMT, que agrupa os hospitais de Torres Novas, Abrantes e Tomar. Aos deputados, o presidente do conselho de administração começou por descrever a actual situação do centro hospitalar, indicando que tem um défice acumulado de 160 milhões de euros, dos quais 60 milhões são de dívidas a fornecedores.O responsável disse ainda que, em 2011, o CHMT teve custos na ordem dos 103 milhões de euros e anunciou que, em 2013, pretende diminuir esse valor em 17 milhões de euros.Para tentar controlar o défice em valores entre os três e os cinco milhões de euros, Joaquim Esperancinha disse ser necessário ter três anos para trabalhar. “Em três anos, o conselho de administração tem consciência de que pode controlar o défice”, afirmou.Questionado sobre a actuação da anterior administração do centro hospitalar, Joaquim Esperancinha descreveu-a como sendo de “imobilismo”. “Foi o que senti”, disse aos deputados, acrescentando ter detectado situações que lhe pareceram menos claras e que levaram a que pedisse uma auditoria externa à gestão anterior, que ainda não está concluída.
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