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Brisa pretende resolver o problema dos idosos que vivem há nove anos num contentor

Brisa pretende resolver o problema dos idosos que vivem há nove anos num contentor

Concessionária da A10 estuda solução para a habitação do casal que ficou destruída nas obras da auto-estrada

A Brisa decidiu tomar a iniciativa e resolver o problema dos dois idosos que estão a viver num contentor há oito anos, na sequência de um deslizamento de terras durante a obra de construção da Auto-Estrada nº10.

A empresa concessionária da Auto-Estrada nº 10, Brisa, está disponível para resolver a situação do casal de idosos de Trancoso, Vila Franca de Xira, que vivem sem o mínimo de condições num contentor há nove anos, depois da casa onde viviam ter ficado destruída com as obras de construção daquela via. Franco Caruso, da Brisa, confirma que a empresa está interessada em encontrar uma solução, já que a empresa que fazia as obras e causou os estragos na habitação está em processo de insolvência.Contactada por O MIRANTE a Brisa não adianta para já o que vai fazer, dizendo que a situação está a ser avaliada no sentido de se encontrar uma resolução, não sabendo quando é que isso poderá acontecer e quanto é que custará essa solução. A empresa garante apenas que o objectivo é fazer com que José Clemente e Rosa Rodrigues, ambos com mobilidade reduzida, possam regressar a casa o mais depressa possível. A decisão da empresa surge depois das notícias sobre o caso.Ainda na última semana a companhia de seguros da empresa construtora, a Fidelidade Mundial, havia confirmado a sua disponibilidade para voltar a analisar o processo dos dois idosos, mas mantendo sempre como tecto máximo de indemnização um valor de 30 mil euros, montante que o casal recusou. A firma construtora da auto-estrada, a Acoril, entrou em insolvência e o processo em tribunal que opunha a família à construtora foi arquivado. Nele a família exigia uma indemnização de 203.500 euros. A seguradora explicou na altura a O MIRANTE que o valor que propôs foi calculado tendo em conta os danos causados e o tipo de habitação onde os idosos moravam, uma habitação de 54 metros quadrados, com 50 anos e sem casa de banho nem água canalizada. A proposta contemplava a demolição e reconstrução da habitação bem como o custo do alojamento.Recorde-se que em 2003, aquando da obra de construção da A10, que liga Bucelas a Benavente, a Acoril realizou um desaterro no Casal dos Pegos, a poucos metros da habitação de José Rodrigues Clemente e Rosa Jesus Rodrigues, por onde iria passar um dos viadutos da A10. Pouco tempo depois do arranque da obra deu-se um abatimento de terras que deixou o imóvel com enormes rachas e em risco de ruína.A empresa apressou-se a colocar no local um contentor de obras para onde mudou o casal. Disseram-lhes que só tinham de ficar naquela estrutura durante dois meses. A temperatura do contentor era mantida por vários equipamentos de ar condicionado que foram entretanto retirados por um dos credores da empresa. O casal diz que o espaço se tornou gelado de noite e abrasador durante o dia.
Brisa pretende resolver o problema dos idosos que vivem há nove anos num contentor

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