Na sequência de uma proposta apresentada pelos “Independentes por Tomar”, a Câmara Municipal de Tomar aprovou, por unanimidade, um plano que prevê a criação de uma rede de transporte colectivo entre os três hospitais que compõem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), ou seja, entre Tomar, Torres Novas e Abrantes.A medida foi tomada após a retirada de valências do Hospital de Nossa Senhora da Graça, como é o caso da Medicina Interna, o que obriga a população de Tomar a deslocar-se com maior frequência a Abrantes e Torres Novas. Deste modo, os independentes apresentaram uma proposta no sentido de “ajudar os munícipes” a minorar os custos com estas deslocações. “Há pessoas que deixam de ir ao hospital pois não têm dinheiro para as deslocações. Se temos carrinhas que podem fazer este transporte de manhã e depois de almoço, quer para Abrantes e para Torres Novas, julgo que era um bom serviço prestado. Não temos outra alternativa pois há muitas pessoas carenciadas”, defendeu Pedro Marques.Apesar da concordância, o vereador socialista Luís Ferreira alertou para os gastos que estão a ser assumidos pelo município de Tomar, que, dessa forma, está a substituir as responsabilidades da Administração Central. “Ainda não passaram dois meses desde o início desta rocambolesca reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo e já as autarquias locais, num ano de contenção, estão a ser chamadas pela Administração Central a fazer aquilo que compete a esta última. Isto é de uma gravidade absoluta”, disse, acrescentando que o CHMT está a poupar dinheiro à custa das populações. O presidente da Câmara de Tomar, Carlos Carrão (PSD) deu a conhecer que é intenção da administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, criar uma rede de transportes, tendo já solicitado apoio financeiro à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo.