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Edifícios antigos como o que ardeu em Almeirim são uma preocupação de segurança

Edifícios antigos como o que ardeu em Almeirim são uma preocupação de segurança

Não há levantamento de imóveis velhos que servem de arrecadações ou oficinas particulares e que podem constituir um risco
É impensável fazer um levantamento de imóveis antigos que estão desocupados ou são utilizados como oficinas pessoais ou arrecadações e que muitas vezes constituem autênticos barris de pólvora dentro das localidades, refere o comandante distrital de operações de socorro, Joaquim Chambel. Até porque não há legitimidade para andar de casa em casa a ver o que as pessoas têm lá dentro. No sábado à hora de almoço deflagrou no centro de Almeirim um incêndio numa antiga adega, onde existia um depósito em plástico com cerca de dois mil litros de gasóleo. As instalações estavam a ser usadas para a reparação de uma viatura acidentada dos proprietários do imóvel, e o fogo terá sido causado por uma faúlha de uma rebarbadora.Joaquim Chambel refere que dos estabelecimentos comerciais, por exemplo, há algum conhecimento do que os bombeiros podem encontrar, porque os espaços carecem de licenciamento camarário. E as equipas do Comando Distrital de Operações de Socorro têm vindo a fazer inspecções a instalações comerciais. Mas quanto a garagens ou a casas desabitadas ou outras instalações antigas, “há uma grande preocupação” porque não se sabe o que se pode encontrar no interior quando há um incêndio, refere. “Ninguém consegue controlar estas situações”, sublinha. No entanto o comandante chama a atenção para a necessidade de existir na população uma cultura de segurança e uma preocupação pela implementação de medidas de protecção pessoal e dos bens. Até porque em algumas situações os sinistros podem afectar os vizinhos. Joaquim Chambel diz mesmo que não é descabido que as pessoas que têm algum tipo de produtos armazenados, que facilitem a deflagração ou propagação de incêndios, informem os bombeiros da sua área. Recorde-se que o incêndio destruiu todo o recheio da adega antiga na Rua da Guiné, situada perto do quartel dos bombeiros em Almeirim. A situação causou a preocupação de moradores e dos bombeiros devido não só à existência de um depósito com gasóleo, como também de botijas de gás doméstico e para aparelhos de soldar. O incêndio deflagrou cerca das 12h30 de sábado, 10 de Março. O bate-chapas que estava a proceder à reparação da viatura acidentada não se apercebeu que a faísca tinha atingido o depósito com gasóleo agrícola e quando começou a sentir calor é que viu que a zona atrás das suas costas estava em chamas, chamando de imediato os bombeiros.O enorme calor provocado pelas chamas sentia-se a mais 30 metros. Os proprietários do imóvel estiveram no local desde início. O incêndio foi combatido pelos Bombeiros Voluntários de Almeirim e chegaram a ser mobilizados os Municipais de Santarém. As chamas foram dominadas em cerca de uma hora e não houve feridos a registar nem danos nas habitações vizinhas. Para o local chegou a ser mobilizada uma ambulância como precaução. A GNR esteve a controlar os acessos ao local e a tomar conta da ocorrência.Segundo o Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Santarém, a proprietária da oficina ficou em estado de choque devido ao sinistro e foi assistida no local, tendo sido depois transportada para o Hospital de Santarém.
Edifícios antigos como o que ardeu em Almeirim são uma preocupação de segurança

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