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Empresários da zona industrial de Rio Maior queixam-se de furtos sucessivos

Empresários da zona industrial de Rio Maior queixam-se de furtos sucessivos

Reclamam controlo dos acessos, sobretudo à noite e ao fim de semana, e reforço da iluminação e das rondas nocturnas. GNR diz que a criminalidade registada em Rio Maior está abaixo da média distrital.

As empresas instaladas na zona industrial de Rio Maior exigem medidas que impeçam o “flagelo” dos assaltos de que têm sido vítimas e que estimam ter gerado no último ano um prejuízo superior a um milhão de euros.António Carvalho, da Galtrailer, empresa de construção de veículos pesados de transporte e maquinaria agrícola, que exporta a quase totalidade da sua produção, disse à Agência Lusa que a situação “é gravíssima”, não havendo uma das 54 empresas instaladas nesta zona industrial que não tenha sido assaltada, muitas delas várias vezes.“Roubam o que querem. Estamos desesperados”, disse o representante dos empresários, lamentando o estado de abandono em que se encontra a área, para a qual reclamam controlo dos acessos, sobretudo à noite e ao fim de semana, e reforço da iluminação e das rondas nocturnas.António Carvalho indicou que o tipo de assalto que é praticado na zona - com furto de equipamentos industriais e componentes da indústria pesados, como máquinas de soldar, eixos, pneus, sistemas de travagem e eléctricos, cabos de cobre, gasóleo, entre outros - “requer meios também pesados” e demora tempo.“Quando vemos noticiados furtos de poucos milhares de euros e são esquecidos estes, parece-nos no mínimo um escândalo”, afirmou, lamentando que nada seja feito para pôr cobro a uma situação que só vem agravar mais ainda as condições que as empresas já enfrentam perante “a crise económica avassaladora” que se vive.No caso da Galtrailer, António Carvalho afirmou que num assalto a seguir ao Natal “levaram 60 rodas de camião” (com um custo de cerca de 800 euros cada) e nem o reforço dos alarmes entretanto instalados evitou que no passado dia 25 de Fevereiro tenham tirado mais 20 rodas a um conjunto de camiões, um deles militar, que estavam prontos para sair para exportação. Além do prejuízo imediato, foi a própria encomenda que ficou comprometida, afirmou.António Carvalho sublinhou que, além dos empresários, é o Estado a ser lesado, porque não cobra IVA nem IRC desse material furtado. “Era bom que as autoridades percebessem que por cada 1.000 euros que são roubados às nossas empresas, o Estado fica lesado em cerca de 500 euros”, frisou.Câmara estuda formas de controlar acessos à zona industrial A Câmara de Rio Maior comprometeu-se na segunda-feira a encontrar formas de controlar os acessos à zona industrial. A presidente da autarquia, Isaura Morais (PSD), recebeu quatro representantes da meia centena de empresas instaladas na zona industrial, que lhe deram conta da “saturação” que a situação de insegurança está a causar.“Não sendo competência da câmara, é uma responsabilidade nossa”, disse a autarca, sublinhando que os serviços da autarquia vão analisar as propostas feitas pelos empresários, nomeadamente no que toca ao reforço da iluminação pública e ao controlo dos acessos. A autarca explicou que o município vai estudar a forma de limitar os acessos à zona industrial apenas pela entrada principal, vedando os caminhos secundários.Criminalidade em Rio Maior está abaixo da média distritalA GNR não minimiza as queixas dos empresários de Rio Maior, mas o major Júlio Rego, do Comando Territorial de Santarém, diz que a criminalidade em Rio Maior não está acima da média do distrito e que, no que toca a assaltos a empresas, a zona norte, nomeadamente Tomar e Ourém, é a mais flagelada.A mesma fonte diz que esse tipo de ocorrências é feito cada vez com mais sofisticação por parte dos seus autores, que não deixam impressões digitais e anulam os sistemas de alarme e de videovigilância. Ainda acerca do que se tem passado em Rio Maior, o oficial da GNR diz não ter conhecimento de que a zona industrial tenha sido fustigada por uma vaga de assaltos, referindo ainda que o posto da GNR da cidade tem actualmente um número de efectivos acima da média dos últimos anos.
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