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Jorge Pereira

51 anos, militar na reserva, Tramagal (Abrantes)

“Já utilizava pouco as auto-estradas. Agora, com a introdução de portagens nas SCUT, fujo delas como o diabo da cruz”

O que há de melhor e de pior na sua terra?O que o Tramagal tem de melhor é a capacidade de mobilização das suas gentes. O Tramagal quando quer consegue. O pior é a desertificação demográfica devido à diminuição do tecido empregador e a políticas que não favorecem a fixação dos jovens.Já alguma vez deu sangue?Nunca calhou. Esteve quase a ser mas recorrendo à técnica “corpo a corpo”, num acidente grave que ocorreu no Campo Militar de Santa Margarida, onde prestava serviço. Mas como enfermeiro já “dei” umas centenas de unidades de sangue.Alguma vez assistiu a um comício político ou manifestação? Sim, em 1974, em pleno rescaldo da Revolução de Abril. Era muito novo mas recordo-me perfeitamente do espírito cívico da população. Depois disso apenas participei em algumas actividades em campanhas eleitorais. Há pouco tempo, adorei participar na manifestação contra o fecho dos CTT do Tramagal. Consegui fotos fantásticas.Costuma tomar banho no Tejo?Não. Sou muito friorento e, além disso, pelo que vejo, o Tejo não tem corrido muito limpo. Com as alterações climáticas que temos vindo a assistir e a adopção de boas práticas ambientais não enjeito a ideia. O Tejo é um rio maravilhoso.O preço a que está o tabaco já o levou a deixar de fumar ou a reduzir o consumo?Os cigarros são o meu “viciozito” de estimação. Pelo caminho que isto leva, a subida de preços a toda a hora e momento, algo me diz que devo ficar isento de vícios brevemente.Costuma praticar algum desporto regularmente?Quando era mais novo pratiquei vários desportos como futebol, ciclismo e pesca desportiva. Agora fico-me pelas caminhadas pelas marachas do Tejo, de máquina fotográfica a tiracolo. É o meu desporto favorito. Com a crise passou a circular menos nas auto-estradas?Enquanto automobilista, já utilizava pouco as auto-estradas porque prefiro circular nas estradas nacionais. Agora, com a introdução de portagens nas SCUT fujo delas como o diabo da cruz...Quantas horas já esteve à espera para ser atendido nas urgências?Como profissional de saúde sinto que tenho tido a vida facilitada mas a acompanhar familiares já desesperei cinco longas horas nas urgências até que fossemos atendidos. Se fosse ministro qual era a pasta que escolhia e porquê?Escolhia o cargo de primeiro-ministro. Sendo a figura principal do governo conseguiria colocar em prática as ideias que tenho para o país. Isto, claro, se a Troika deixasse.O que é que nunca perdoaria que lhe fizessem?A traição. Abomino a ideia de ser enganado por quem confiamos incondicionalmente. Nunca perdoaria. Qual é o sonho que gostava de realizar um dia?Gostava de ver crescer os netos que ainda não tenho num país livre de corrupção, desigualdade social e pobreza. Mas sei que isto não é um sonho, é uma utopia.

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