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Contador de histórias tomarense em digressão europeia

Filipe Lopes leva a sua arte a França, Itália, Suíça e Bélgica
O contador de histórias tomarense Filipe Lopes leva o seu livro “A história do Zeca Garro” e poesia portuguesa a sessões públicas que realiza em França, Itália, Suíça e Bélgica, ao longo deste mês de Março.Após ter passado por Paris para duas sessões na Biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian, entre outras actividades, Filipe Lopes rumou a Itália, onde esta quarta-feira, 21 de Março, Dia Mundial da Poesia, estreou um novo recital intitulado “A poexistência de um país”, na Facoltà di Lingue e Letterature Straniere da Universidade de Pisa. Suíça é a etapa seguinte de Filipe Lopes que, através da Comissão de Ensino de Português, realiza sessões para alunos de português em Zurique, no dia 24, em Genebra, no dia 27, e em Lausanne, no dia 28.No dia 26, Filipe Lopes organiza uma acção de formação destinada aos professores de Língua Portuguesa a trabalhar naquele país, na Universidade de Friburgo, intitulada “Educação para a leitura - abordagem para mediadores”. Esta digressão europeia de Filipe Lopes termina no dia 31, em Bruges, na Bélgica, com um serão de contos em português na Associação Vlaanderen-Lusitânia.Filipe Lopes, 36 anos, passou pelo jornalismo e pelo marketing e, desde 2003, é um contador de histórias a tempo inteiro. Em Setembro de 2007 publicou “A História do Zeca Garro”, escrito em parceria com Carla Goulart Silva, um livro infantil dedicado a uma espécie protegida dos Açores, o cagarro.O grupo “O Contador de Histórias” inclui, além de Filipe Lopes, Nuno Garcia Lopes, João Patrício e Arlindo Marques. Filipe Lopes e Nuno Garcia Lopes constituem o núcleo fundador. Os dois, em 1991, iniciaram um programa radiofónico em Tomar, o “Papoilas do Hospício” que fundia diversos estilos musicais com a leitura de textos escolhidos em função do tema semanal. Depois de três anos de emissões, o programa terminou, tendo-se realizado um recital/espetáculo, na então Biblioteca Municipal de Tomar, em Maio de 1994, quando se utilizou pela primeira vez o nome O Contador de Histórias.Uma profissão raraEm entrevista a O MIRANTE em Dezembro de 2005, Filipe Lopes contava que em pequeno queria ser pastor e, mais tarde, condutor de carros de bombeiros. Hoje Filipe Lopes exerce uma actividade rara, pelo menos em Portugal. Tão rara que no final de uma sessão de leitura, num lar de idosos do concelho de Sintra, uma senhora foi ter com ele para dois dedos de conversa. Contou-lhe a história da vida dela, dos filhos e dos netos e no final despediu-se com uma frase lapidar - “desejo-lhe que tudo corra bem e que arranje um emprego bom”.Na altura dizia que para se ser um contador de histórias profissional não basta aparecer num dado local à hora marcada, levando um livro debaixo do braço. Exige muito trabalho de bastidores, visitas a bibliotecas e uma preparação antecipada de cada sessão. Porque os públicos são diferentes.

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