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Defesa diz que “não há violência doméstica” no caso em que coordenadora da Fundação da Liberdade é queixosa

Advogado do marido de Ana d’Avó diz que Guilherme Martins não é o único culpado
O advogado de Guilherme Martins, acusado de violência doméstica à mulher de quem está separado, que é assessora de Moita Flores e coordenadora da Fundação da Liberdade, considera que do julgamento não resulta que tenha sido cometido esse crime. Afonso Brigas, nas alegações finais, admitiu que tenha havido violência, mas não doméstica, e referiu que também houve violência por parte de Ana d’Avó ao expulsar o marido de casa. Afonso Brigas recordou a propósito do facto de Ana d’Avó ter imposto a separação que isso também significa violência. “Um marido seja qual for perante este cenário de repúdio total por parte da mulher” fica afectado, referiu o advogado. Acrescentou que não é “concebível, perceptível, não fica bem” que dois dias depois da assessora da Câmara de Santarém se ter queixado de violência por o marido a ter agarrado no braço, tenha ido de férias para a Grécia. “Não se marcam férias de um momento para o outro. Foi tudo planeado com frieza”, referiu. O advogado referiu que no dia em que Ana d’Avó diz que Guilherme Martins a atingiu com uma chave de um carro na zona do peito, ela tinha acabado de dar “dois chapadões” ao marido que tinha ido a casa buscar uns cabides. E perguntou: “quem é que resiste a uma provocação destas?”. “Guilherme admitiu o seu pecado, que nessa altura houve empurrões de ambos, que levava uma chave na mão e que a terá atingido no peito. Será isto violência doméstica”, questionou.“Os pecados de Guilherme não correspondem a violência doméstica. Não houve actos desumanos, cruéis, vexatórios”, referiu o advogado de defesa, acrescentando que “se houve violência foi dos dois”. Recorde-se que, nas alegações finais, o procurador do Ministério Público considerou que no caso de se comprovarem os actos de violência doméstica, Guilherme Martins agiu no âmbito de um conjunto de sentimentos, emoções e ambiente familiar conflituoso. O procurador Manuel Pelicano, nas alegações finais, referiu que a pena a aplicar ao arguido, Guilherme Martins, “não será extraordinária”, uma vez que este não é um grande criminoso.No final do julgamento o arguido, questionado pelo juiz Duarte Silva se queria dizer mais alguma coisa em sua defesa, referiu que tinha pena de ter sido detido da forma como foi. Recorde-se que uma dezena de militares da GNR foram ao emprego do arguido, num grande aparato, detê-lo para o levar a primeiro interrogatório. Em declarações a O MIRANTE à saída da audiência, Guilherme Martins disse que apesar de tudo e lamentando o sucedido hoje é “mais feliz”, revelando que encontrou uma excelente pessoa, que é actualmente a sua namorada. A leitura da sentença está marcada para dia 27 deste mês. Guilherme Martins é acusado pelo Ministério Público de no dia 29 de Junho de 2011, quando a ofendida lhe comunicou que queria a separação, ter agarrado o braço da mulher apertando-o com força tendo provocado um hematoma que originou cinco dias de doença sem incapacidade para o trabalho. É também acusado de no dia 19 de Julho, quando tentava entrar na casa onde Ana d’Avó ficou a residir, ter empurrado a porta atingindo-a com uma chave de um carro que tinha na mão provocando um corte na zona do peito que originou oito dias de baixa à lesada.

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