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Sindicatos apontam adesões superiores a 50 por cento à greve geral no distrito

A adesão à greve geral no distrito de Santarém situou-se, segundo os sindicatos, acima dos 50 por cento. Rui Aldeano, coordenador da União dos Sindicatos de Santarém (USS), disse à agência Lusa que a adesão variou muito nas autarquias, tendo sido de 90 por cento em Alpiarça e 60 por cento em Santarém, que, afirmou, só não viu afectado o serviço de recolha de lixo porque recorreu a trabalhadores temporários.A USS, afecta à Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), que convocou a greve geral de 22 de Março, recebeu a informação de algumas escolas encerradas e de reduções substanciais na actividade de empresas, onde, “apesar de a adesão não ser significativa, as ausências ao trabalho de funcionários-chave afectaram a produção”.Rui Aldeano referiu uma redução de 60 por cento da actividade na Mitsubishi, no Tramagal (Abrantes), a paralisação do turno da manhã da Unicer, em Santarém, e uma adesão de 60 por cento dos trabalhadores da Postejo (Cimentos), em Benavente.Fonte da Associação Empresarial da Região de Santarém - Nersant disse à Lusa que, de acordo com as informações que possuía, todas as empresas privadas estavam a trabalhar.Dados da Rodoviária do Tejo contestavam igualmente os números da USS, que apontavam para uma adesão à greve de 70 por cento dos trabalhadores da empresa. Segundo a Rodoviária do Tejo, apenas 18 por cento dos trabalhadores paralisaram, tendo a adesão mais expressiva (47 por cento) sido registada na divisão operacional de Torres Novas.Rui Aldeano referiu o encerramento de duas escolas no Entroncamento e o cancelamento de consultas externas no Hospital de Santarém.O sindicalista acusou ainda a CP de pôr em causa a segurança dos passageiros ao recorrer a profissionais não maquinistas para assegurarem a circulação de composições, citando o caso de um comboio internacional que partiu na quarta-feira à noite da estação do Entroncamento sendo conduzido por “um fiscal”.Segundo a USS, a adesão à greve na Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários, no Entroncamento, foi de 95 por cento.Esta foi a oitava greve geral convocada pela CGTP e visou protestar contra o agravamento da legislação laboral, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade.Desta vez, a UGT não se juntou ao protesto, ao contrário do que aconteceu na greve geral de 24 de Novembro último. A central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, o Crescimento e o Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral.

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