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Tecnologias e excesso de trabalho criam condições para o alastrar do plágio

Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém debate plágio no contexto académico
A pressão do dia a dia, a sobrecarga de trabalho e as facilidades que proporcionam as novas tecnologias de informação e comunicação são condições que favorecem o plágio em contexto académico, uma “epidemia” que tem vindo a alastrar pelo mundo e que vai do trivial “copianço” dos alunos nos exames ao decalcar de teses e artigos académicos feitos por reputados investigadores universitários.Essa é uma das conclusões do colóquio realizado na quinta-feira, 22 de Março, na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém (ESGTS) onde diversos oradores falaram sobre um tema que está cada vez mais na ordem do dia e que até já motivou a criação de programas informáticos para detecção de plágios.O presidente do Instituto Politécnico de Santarém, Jorge Justino, abriu a sessão e foi directo ao assunto. O stress, a pressão e a falta de tempo para preparar uma aula podem levar ao plágio, exemplificou. Para se evitar cair nesse ciclo deve-se proporcionar um ambiente favorável aos docentes, “de certo apoio e estabilidade emocional e psíquica”, advoga, sublinhando que “o plágio não compensa”.Joaquim Coimbra, professor da Universidade do Porto, vai mais longe no puxar da brasa à sua sardinha. Sublinha que o plágio “ainda é mais grave” quando praticado por professores e investigadores, reiterando que a “intensificação do trabalho” é uma das explicações e defendendo que se devia criar um ambiente de ensino e aprendizagem sem essa “carga excessiva”.Em tom assumidamente “hiperbólico”, o académico reforçou ainda que a generalização da combinação das tecnologias da comunicação com as da informação “oferece condições para novas formas de plágio e para a sua generalização”, dando mais destaque a um problema que sempre existiu. “Já os pré-socráticos diziam que não havia nada de novo debaixo do sol”, ilustrou.Durante a tarde intervieram ainda Aurora Teixeira, professora da Universidade do Porto, que apresentou uma “Anatomia da Cópia em Exames e do Plágio no Ensino Superior” e Fernando Santos, da empresa Sector Zero, que fez uma apresentou um software para detecção de plágio.

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